II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-056


Poster (Painel)
MH-056Perfil de resistência de microrganismos isolados de feridas crônicas
Autores:Elisabeth L. Pizzolitto (UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquar) ; Aline Raquel Voltan (UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquar) ; Antônio Carlos Pizzolitto (UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquar) ; Taylor Endrigo Toscano Olivo (UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquar) ; Benedita Reis de Abreu (UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquar) ; Ricardo S. Cavalcante (UNESP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquar)

Resumo

As feridas cutâneas crônicas são suscetíveis à infecção e constam como problema de saúde mundial. As bactérias que colonizam as feridas crônicas existem como comunidades microbianas em biofilme. O objetivo do presente estudo foi caracterizar os microrganismos habitantes de feridas cutâneas crônicas. No período de maio de 2009 a maio de 2010, foram realizadas 77 culturas de feridas cutâneas crônicas em laboratório de microbiologia. Os dados foram coletados, retrospectivamente e o diagnóstico realizado por meio de procedimentos clássicos de cultura. A identificação baseou-se nos aspectos morfo-fisiológicos dos isolados. O perfil de sensibilidade/resistência de acordo com CLSI. Foram isolados 89 microrganismos que incluíram: 36 Pseudomonas aeruginosa (40,5%); 16 Staphylococcus aureus (17,9%); 11 Morganella morganii (12,4%); 10 Escherichia coli (11,3%); 3 Acinetobacter baumanii (3,4%); 3 Candida albicans (3,4%); 3 Klebsiella pneumoniae (3,4%); 2 Streptococcus pyogenes (2,2%); 2 Staphylococcus coagulase-negativo (2,2%); 1 Enterococcus spp. (1,1%); 1 Staphylococcus intermedius (1,1%); 1 Enterobacter cloacae (1,1%). Pseudomonas aeruginosa (15%) com resistência ao imipenem; 36% a ceftazidima e 14,3% ao cefepime. Klebsiella pneumoniae (50%) e Acinetobacter baumanii (100%) a ceftazidima. Acinetobacter baumanii (100%) e Staphylococcus aureus (72%) resistentes à cefepime. Os dados evidenciam que existe uma população específica em feridas crônicas com maior percentual para bactérias Gram-negativas, cujos patógenos são multirresistentes e apresentaram expressiva resistência as cefalosporinas de 3ª geração (ceftazidima) e de 4ª geração (cefepime). Pode-se concluir que a microbiologia das feridas é um fator determinante na cura de feridas crônicas, assim é necessário conhecer os tipos de microrganismos, suas interações com os outros e com o ambiente da ferida, além das resistências do hospedeiro.  


Palavras-chave:  feridas, resistência, cefalosporinas