II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MV-011


Poster (Painel)
MV-011Diferenciação de Salmonella Enteritidis por PFGE e comparação com perfil de resistência antimicrobiana
Autores:Marina Bystronski Abreu (PUCRS - Laboratório de Imunologia e Microbiologia) ; Carlos Alexandre Sanchez Ferreira (PUCRS - Laboratório de Imunologia e Microbiologia) ; Sílvia Dias de Oliveira (PUCRS - Laboratório de Imunologia e Microbiologia)

Resumo

A Salmonella enterica sorovar Enteritidis é capaz de colonizar tanto humanos, quanto aves, sendo um dos principais agentes de gastrenterite em todo o mundo. Para a investigação de surtos e vigilância epidemiológica, é necessária uma correta identificação e caracterização do agente causal. Portanto, este estudo teve o objetivo de verificar a variabilidade genética de isolados de S. Enteritidis provenientes de diferentes fontes, através de PFGE, bem como comparar os pulsotipos com os perfis de resistência a 12 drogas antimicrobianas determinados previamente. Para tanto, foram analisados 40 isolados de S. Enteritidis: 13 cepas envolvidas em surtos de toxi-infecção alimentar (sete isoladas de humanos e seis de alimentos), seis isolados de carcaças de frango, seis de aves, seis de suínos, cinco isolados não relacionados epidemiologicamente (oriundos de diferentes países), três pertencentes a diferentes sorovares (S. Typhimurium, S. Senftenberg e Salmonella [4,5:-:1,2]) e uma cultura padrão ATCC 13076. A PFGE foi realizada segundo o protocolo da PulseNet, discriminando os isolados em 13 padrões, os quais apresentaram de 1 a 41 fragmentos diferentes, resultando num índice de diversidade de Simpson de 0,55. Oito padrões foram representados por apenas um isolado de S. Enteritidis e um padrão foi predominante (27/40), sendo encontrado em isolados de diferentes fontes e regiões geográficas, mostrando que a técnica não discriminou isolados não relacionados, o que pode ser devido à grande similaridade genética descrita para este sorovar. Este resultado difere daqueles obtidos por outros estudos que empregam a PFGE com o objetivo de tipificar diferentes sorovares, onde apresenta um maior poder discriminatório do que o observado no presente estudo. Entre os isolados de S. Enteritidis, foram encontrados 18 diferentes perfis, sendo dois predominantes (8/36). Comparando estes perfis com os pulsotipos, observou-se que os métodos não agruparam os isolados de forma semelhante, pois muitos isolados que foram agrupados pela PFGE em um mesmo cluster não apresentam o mesmo perfil de resistência.


Palavras-chave:  Perfil de resistência, PFGE, Salmonella, Subtipagem