II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-010


Poster (Painel)
MH-010CICLOPIROX OLAMINA: POTENCIAL ANTIFÚNGICO CONTRA A CRIPTOCOCOSE SISTÊMICA
Autores:Patrícia Cariolano de Oliveira (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Nereide Stela Santos Magalhães (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Reginaldo Goncalves de Lima-neto (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Nadyr Pedi (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Caroline Sanuzi Quirino de Medeiros (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Henrique John Pereira Neves (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Rejane Pereira Neves (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Os antifúngicos disponíveis para o tratamento da criptococose atualmente têm eficácia limitada devido à toxicidade e ao desenvolvimento de resistência, tornando-se relevantes estudos envolvendo novos fármacos que representem alternativas para o tratamento da micose. Esta pesquisa visou avaliar a atividade antifúngica de ciclopirox olamina (CPO) frente amostras clínicas de Cryptococcus obtidas de pacientes imunocomprometidos. Para isto, foram obtidas por punção lombar, 200 amostras de Líquidocefalorraquidiano (LCR). A punção lombar foi realizada no Serviço de Diagnóstico Neurológico de Pernambuco e as amostras de LCR foram processadas para exame direto com tinta da China e isolamento do agente etiológico em cultura no Laboratório de Micologia Médica da Universidade Federal de Pernambuco. Para a identificação das espécies, culturas puras foram transferidas concomitantemente para superfície dos meios ágar Sabouraud e L-canavanina Azul de Bromotimol. A atividade in vitro de CPO foi testada nas concentrações de 0,065-32 microgramas por mL, seguindo o protocolo preconizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute, adicionando-se anfotericina B como fármaco controle. Das 200 amostras de LCR, foram isoladas 16 amostras de Cryptococcus. Destas, foram identificadas 10 amostras de Cryptococcus neoformans var. neoformans e seis de C. gattii. Todas as espécies analisadas foram sensíveis ao CPO com concentração inibitória mínima variando de 0,25 a 1 micrograma por mL e atividade fungicida de 0,5 a 4 microgramas por mL. Sabe-se que CPO apresenta amplo estro de ação contra dermatófitos, contudo relatos de sua ação contra espécies de Cryptococcus, são escassos. Os testes demonstraram excelente atividade in vitro de CPO contra isolados de Cryptococcus, indicando este agente antifúngico como uma alternativa em potencial para o tratamento da criptococose sistêmica.


Palavras-chave:  Ciclopirox olamina, Cryptococcus gattii, C. neoformans var. neoformans, Susceptibilidade antifúngica