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MH-025 |
Candidemias nosocomiais: Diagnóstico e perfil de virulência dos agentes quanto à capacidade de formação de biofilme
| Autores: | Michele Chianca Macario (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Ana Maria Rabelo Carvalho Parahym (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Carolina Maria da Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Igor de Farias Domingos (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Ildnay de Souza Lima Brandão (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Gustavo Antônio Trindade Meira Henriques Filho (HEMOPE - Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco) ; Odin Barbosa Silva (HEMOPE - Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco) ; Rejane Pereira Neves (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) |
Resumo Desde o início dos anos 80, os fungos têm emergido como uma das
principais causas de infecções hospitalares entre os pacientes
internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Espécies de Candida
são reconhecidas como os agentes mais comumente causadores dessas
infecções, estando relacionadas a fatores de risco associados ao uso de
dispositivos médicos invasivos. A capacidade das leveduras em aderir às
superfícies dos dispositivos é definida como biofilme, considerado um
evento facilitador no acesso destes microrganismos à corrente
sangüínea. A fim de detectar casos de candidemia e avaliar o perfil de
virulência dos isolados foi realizada a investigação de possível
envolvimento fúngico em amostras sangüíneas de 135 pacientes internados
na UTI do HEMOPE. As amostras foram processadas para exame direto sem
adição de corante e/ou clarificante e, concomitantemente, as culturas
foram realizadas em superfície de meio ágar Sabouraud adicionado de
50mg/L de cloranfenicol, mantidas a 30º C e 37ºC por 15 dias. Após
obtenção das culturas foram isoladas e identificadas C. albicans, C. glabrata, C. guilliermondii, C. parapsilosis e C. tropicalis como
agentes etiológicos das fungemias. Estes resultados indicam a crescente
associação dessas espécies às candidemias. A avaliação quanto à
capacidade de formação de biofilme foi baseada na intensidade de
coloração adquirida por tubos de poliestireno aderidos pelas células
fúngicas, sendo codificados como forte, fraca ou ausente capacidade de
formação do mesmo, observando-se C. albicans, C. parapsilosis e C. tropicalis como
as espécies com maior capacidade de formar o biofilme, sendo essas
citadas com alta propensão em se aderir a superfícies de dispositivos
médico-terapêuticos invasivos. Devido à maior resistência a
antimicrobianos pelos microrganismos pertencentes ao biofilme, o
tratamento instituído torna-se ineficaz, podendo levar a uma piora do
quadro clínico do paciente ou conduzí-lo a óbito. Neste contexto, o
diagnóstico precoce e preciso de candidemia e a determinação do perfil
de virulência dos agentes etiológicos são relevantes diante da ameaça
aos pacientes imunossuprimidos, fazendo-se necessária a remoção do
dispositivo para instituição de terapêutica adequada, evitando
recidivas, conduzindo a melhoria na qualidade de vida dos pacientes e
conseqüente cura.
Palavras-chave: Candidemias nosocomiais, Perfil de virulência, Biofilme |