II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-020


Poster (Painel)
MH-020MUDANÇA NA LIBERAÇÃO DA INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DE AMOSTRAS PRODUTORAS DE ESBL: É PRUDDENTE?
Autores:Tatiane de Fátima Sgariboldi (HIAE - Hospital Albert Eisntein) ; Paula Célia Mariko Koga (HIAE - Hospital Albert Eisntein) ; Itacy Siqueira (HIAE - Hospital Albert Eisntein) ; Jacyr Pasternak (HIAE - Hospital Albert Eisntein) ; Marinês Dalla Valle Martino (HIAE - Hospital Albert Eisntein)

Resumo

INTRODUÇÃO: A resistência dada pela produção de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) é tida como fato muito importante entre as enterobactérias, especialmente Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. Até 2009 a recomendação do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI) era reportar todas as amostras com ESBL como resistentes a todas as cefalosporinas e aztreonam. Desta forma, este estudo compara o impacto quanto ao perfil de sensibilidade, a liberação de enterobactérias segundo os novos critérios do CLSI 2010. MATERIAL E MÉTODOS: No período de fevereiro a abril de 2010 foram avaliadas todas as amostras em que foram identificadas as espécies de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. Foram excluídas as duplicatas, consideradas àquelas com o mesmo perfil e variação de até 2 diluições. Os valores encontrados de Concentração Inibitória Mínima (MIC) foram interpretados segundo critérios do CLSI 2009 e 2010. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: Inicialmente obteve-se 1525 amostras. Aplicando-se os critérios de exclusão foram consideradas 1343 amostras de 1273 pacientes, sendo 1129 (84%) Escherichia coli e 214 (16%) Klebsiella pneumoniae. A produção de ESBL foi verificada em 125 (9,3%) amostras sendo em 80 (7,08%) E.coli e em 45 (21,02%) K.pneumoniae. A sensibilidade para cefalosporinas considerando-se os critérios do CLSI 2009 e 2010 foram respectivamente de 89,3% e 89,6 % para cefotaxima, 89,4% e 94,9 % para ceftazidima e 89,9% e 96,3 % para cefepime. Considerando-se somente as cepas que são ESBL positivas, a sensibilidade com o novo critério de interpretação para Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae passa a ser respectivamente 6,25% e 4,4% para cefotaxima, 70% e 42,3% para ceftazidima e 80% e 46,6% para cefepime. CONCLUSÃO: De acordo com os dados obtidos, observa-se que a nova interpretação resultará em perfis bem mais sensíveis principalmente para cefepime. A grande preocupação que se coloca, é se de fato estes dados vão refletir sucesso terapêutico.


Palavras-chave:  ESBL, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, CLSI, Sensibilidade