II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-043


Poster (Painel)
MH-043AVALIAÇÃO FENOTIPICA DE ESBL E CARBAPENEMASES EM ISOLADOS CLÍNICOS DE ENTEROBACTÉRIAS
Autores:Ana Carolina Polano Vivan (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ana Claudia Kinoshita Candido (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Gerusa Luciana Magalhães (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Thais Marcelle Bosisio (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Márcia Regina Eches Perugini (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Pamela Menna (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Regina Mariuza Borsato Quesada (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Marsileni Pelisson (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Eliana Carolina Vespero (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

A emergência de β-lactamases que hidrolisam carbapenêmicos, além da maior parte dos β-lactâmicos, é responsável pelo aumento no número de surtos em instituições de saúde. Com o surgimento de carbapenemases em enterobactérias, em especial Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), as opções terapêuticas se tornaram ainda mais limitadas, uma vez que estas beta-lactamases inativam todos os beta-lactâmicos e podem estar associadas à resistência a outras classes de antimicrobianos. Este estudo teve como objetivo avaliar 145 amostras clínicas de enterobactérias, sendo 97(66,9%) K. pneumoniae, 29 (20%) Enterobacter cloacae, 18 (12,4%) E.aerogenes e uma Serratia marcescens, isoladas no 2º semestre de 2009 e que apresentaram resistência a pelo menos um dos carbapenêmicos avaliados (Imipenem, Meropenem e Ertapenem). As amostras foram identificadas previamente pelo sistema automatizado Microscan Walkaway (Siemens - Sacramento - CA - USA) e estocadas a -20oC em TSB glicerinado até o período de estudo. Foram realizados testes de sensibilidade aos antimicrobianos pela técnica de disco difusão em ágar, com a finalidade de avaliar os mecanismos de resistência aos beta-lactâmicos. Para a avaliação fenotipica de ESBL (β-Lactamases de espectro ampliado) foram utilizados os testes de duplo disco aproximação (DDS), com amoxacilina/ácido clavulânico, cefepime, aztreonam, ceftazidima e cefotaxima e discos conjugados de ceftazidima e cefotaxima com ácido clavulânico. Para avaliação fenotípica de resistência aos carbapenêmicos foram realizados os testes de Hodge modificado utilizando disco de ertapenem e para metalo-β-lactamases foi adicionado EDTA 100mM (método de Arakawa). Das amostras estudadas, 107 (73,8%) foram positivas para ESBL pelo teste de adição do ácido clavulânico e 58 (40%) por DDS. Nos testes fenotipicos para carbapenemases, 57 (58,8%) isolados de K. pneumoniae foram positivos para o teste de Hodge e 7 (4,8%) para metalo-β-lactamases; 9 (31%) dos isolados de E.cloacae foram positivos para o teste de Hodge e 3 (2,1%) metalo-β-lactamases; dos isolados de E.aerogenes estudados, 7 (38,9%) foram positivos para o teste de Hodge e 2 ( metalo-β-lactamases. O isolado de S. marcescens foi negativo para o teste de Hodge e metalo-β-lactamases. A presença de mecanismos de resistência, como ESBL, hiperprodução de AmpC e perda de porinas estão comprovadamente associados à resistência, principalmente ao ertapenem, e podem ser responsáveis por resultados inconclusivos ou negativos no teste de Hodge. A disseminação de carbapenemases no Brasil é eminente, portanto os laboratórios clínicos e as comissões de controle de infecções hospitalares devem aumentar a vigilância no intuito de detectar e caracterizar precocemente isolados portadores em suas instituições.


Palavras-chave:  beta-lactamases, carbapenemases, enterobactérias, Teste de Hodge, Metalo-beta-lactamases