II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-025


Poster (Painel)
MH-025Avaliação da resistencia as quinolonas em enterobactérias isoladas de um Hospital Universitário
Autores:Thais Marcelle Bosisio (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Isadora Gamero (UEL - Universidade Estadual de LondrinaUEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Vera Aparecida dos Santos Brandão (UEL - Universidade Estadual de LondrinaUEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Fernando Pinheiro (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ana Paula Streling (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Regina Mariuza Borsato Quesada (PAC/CCS/UEL - Departmento de patologia, análises clínicas e toxicológicas) ; Eliana Carolina Vespero (PAC/CCS/UEL - Departmento de patologia, análises clínicas e toxicológicas)

Resumo

A introdução de fluoroquinolonas na década de 80 significou um avanço no tratamento de infecções por bactéria multirresistentes, particularmente infecções do trato urinário (ITU), visto que diversas cepas de bactérias resistentes a múltiplos antimicrobianos mostraram-se sensíveis a esse novo grupo de antibióticos. Porém, a resistência as quinolonas em enterobactérias tem aumentado acentuadamente nos últimos anos. Considerando o uso crescente de quinolonas, este trabalho teve como objetivo avaliar a resistência as quinolonas em 2.849 culturas de enterobactérias isoladas de diferentes materiais clínicos, entre os meses de julho de 2009 a junho de 2010, no Laboratório de Microbiologia do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina. Sendo as mais frequentes enterobactérias isoladas: E. coli 1.376 (48,3%), K. pneumoniae 503 (17,7), P. mirabilis 209 (7,3%), E. cloacae 193 (6,8%), E. aerogenes 131 (4,6%) e outras espécies 437 (7,2%). As amostras foram previamente identificadas pelo sistema automatizado Microscan Walkaway (Siemens - Sacramento - CA - USA) e o teste de sensibilidade foi realizado pela técnica de disco difusão em agar Mueller Hinton, utilizando as seguintes quinolonas: ácido nalidíxico, norfloxacina, ciprofloxacina e levofloxacina. Dos isolados estudados, 1.241 (43,56%) apresentaram resistência a pelo menos uma quinolona testada. Dentre elas, K. pneumoniae foi a enterobactéria com maior resistência as quinolonas no período estudado (63,46%) e E. coli (32,77%). O material biológico mais freqüente foi urina com 1.232 isolados (54,8%) de E. coli, seguido de K. pneumoniae com 353 (70,2%). O ácido nalidíxico apresentou 390 (31,7%) de resistência em E. coli e 208 (58,9%) em K. pneumoniae; 287 (23,2%) e 193 (38,4%), respectivamente, dos isolados de E. coli e K. pneumoniae foram resistentes a norfloxacina; 289 (23,5%) dos isolados de E. coli foram resistentes a ciprofloxacina e 194 (38,6%) de K. pneumoniae; 283 (23%) de E. coli resistentes a levofloxacina e 191 (38%) de K. pneumoniae. Neste estudo não foi possível avaliar, diretamente, os fatores que influenciaram o aumento da resistência das bactérias isoladas às quinolonas testadas. Porém, os dados existentes na literatura sugerem que o uso prévio de quinolonas exerce um papel importante no aumento de bactérias resistentes a esses antimicrobianos. Além disso, o aparecimento de resistência as fluorquinolonas em enterobactérias produtoras de beta lactamases de espectro ampliado, pode restringir marcadamente as opções terapêuticas


Palavras-chave:  enterobactérias, quinolonas, resistência