II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-069


Poster (Painel)
MH-069PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE À FOSFOMICINA DE ENTEROBACTÉRIAS PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASE DE ESPECTRO ESTENDIDO (ESBL) ISOLADAS DE URINA DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.
Autores:Adriana Lucia Pires Ferreira (HUCFF - UFRJ - Hospital Universitário Clementino Fraga Filho) ; Elizabeth Mendes Alves (HUCFF - UFRJ - Hospital Universitário Clementino Fraga Filho) ; Maria Tereza Santos da Silva David (HUCFF - UFRJ - Hospital Universitário Clementino Fraga Filho) ; Leomar Afonso da Silva Caldas (HUCFF - UFRJ - Hospital Universitário Clementino Fraga Filho) ; Maria Silvana Alves (UFJF - MG - Universidade Federal de Juiz de Fora)

Resumo

O tratamento de infecções do trato urinário torna-se cada ves mais difícil devido ao desenvolvimento da vários mecanismos de resistência microbiana, principalmente em bactérias Gram-negativas. Entre eles, a produção de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL) limita as opções terapêuticas. Em uma era em que existe uma escassez de novos antibióticos, a fosfomicina pode ser considerada um agente alternativo de tratamento de infecções causadas por bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, além de seu uso tradicional no tratamento de infecções não complicadas do trato urinário. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil de susceptibilidade a este antimicrobiano de enterobactérias produtoras de ESBL isoladas de pacientes atenddos em um hoapita universitário do Rio de Janeiro. Foram avaliadas 275 amostras de enterobactérias produtoras de ESBL isoladas de urina de pacientes atendidos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no período de agosto de 2007 a dezembro de 2009. a identificação das amostras e o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foram estabeecidos por método automatizado através do sistema VitekR (cartão GNI+ e GNS-654). O teste de susceptibilidade à fosfomicina foi realizado pelo método de disco-difusão em ágar segundo critérios estabelecidos pelo Clinical Laboratory Standards Institute. Foram identificadas as seguintes amostras bacterianas: 129 Klebsiella pneumoniae, 72 Escherichia coli, 33 Enterobacter cloacae, 25 Proteus mirabilis, 04 Morganella morganii, 04 Providencia stuartii, 02 Enterobacter aerogenes, 02 Proteus vulgaris, 01 Providencia rettgerie, 01 Serratia marcescens, 01 Citrobacter freundii e 01 Klebsiella oxytocca. Foi observado um percentual de 60,3% de sensibiliade à fosfomicina |com predomínio de 23,6% (65/72) de E. coli, 22,5% (62/129) de K. pneumoniae ,7,6%(21/33) de E.cloacae e 5% (14/25) de P.mirabilis|.  Entretanto, 39,6% das amostras investigadas apresentaram padrão de resistência ao antimicrobiano testado. Portanto, a fosfomicina representa uma importante opção terapêutica no tratamento de infecções do trato urinário. Entretanto, o estabelecimento prévio do perfil de ESBL se faz necessário.


Palavras-chave:  ENTEROBACTERIAS, ESBL, FOSFOMICINA