II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MV-008


Poster (Painel)
MV-008PREVALÊNCIA DE Bartonella spp. EM GATOS NO SUL DO BRASIL: UM ESTUDO MOLECULAR
Autores:Rodrigo Staggemeier (FEEVALE - UNIVERSIDADE FEEVALE) ; Fernando Rosado Spilki (FEEVALE - UNIVERSIDADE FEEVALE) ; Vlademir Vicente Cantarelli (FEEVALE - UNIVERSIDADE FEEVALE)

Resumo

Introdução: Bartonella spp. é considerada um agente infeccioso emergente, que infecta humanos e é isolada de mamíferos domésticos e selvagens. Há mais que 23 espécies deste gênero, sendo 13 delas consideradas agentes causadores de doenças. Os microorganismos têm tropismo por hemácias, causando lise destas células como resultado do parasitismo intraeritrocitário, podendo causar bacteremia persistente e induzir proliferação de células endoteliais e a formação de novos vasos. Bartonella spp. é o agente causador da Doença da Arranhadura do Gato (DAG), que se caracteriza por linfadenopatia benigna. Gatos são o reservatório natural dessas bactérias e podem infectar humanos através da arranhadura, mordedura ou pelas suas pulgas. Objetivo: Pesquisar a presença de Bartonella spp. em gatos na região do Vale do Sinos, Rio Grande do Sul, Brasil, através da análise molecular das amostras de sangue dos felinos. Materiais e Métodos: Foram coletadas amostras de sangue total de 47 gatos com até 12 meses de idade alojados em 2 canis municipais das cidades de Novo Hamburgo e São Leopoldo no período de agosto a outubro de 2009. Bartonella spp. foram detectadas por método de PCR gênero-específica e, quando positivos, as espécies foram determinadas por seqüenciamento de DNA e análise filogenética molecular. Resultados: Foram detectadas 17,02% (8/47) de amostras positivas para o gênero Bartonella através do PCR. O seqüenciamento de DNA e a análise filogenética demonstraram prevalências de B. henselae de 10,63% (5/47) e B. clarridgeiae de 6,38% (3/47). Conclusão: Demonstrou-se que B. henselae e B. clarridgeiae são prevalentes em gatos na região, apresentando resultados similares às taxas descritas em outros países. A existência desse patógeno na região, reforça a importância de se considerar DAG no diagnóstico diferencial dos pacientes com linfadenopatia, dor abdominal, febre prolongada ou outros sintomas característicos. Esté é o primeiro estudo molecular de Bartonella em gatos no Brasil e o primeiro a detectar esse patógeno no Rio Grande do Sul.

Palavras-Chave: Bartonella, Doença da Arranhadura do Gato, Método Molecular, Rio Grande do Sul.


Palavras-chave:  BARTONELLA, DOENÇA DA ARRANHADURA DO GATO, MÉTODO MOLECULAR, RIO GRANDE DO SUL