II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-032


Poster (Painel)
MH-032PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE POR sTAPHYLOCOCCUS SPP. RECUPERADOS DE PACIENTES INTERNADOS EM DOIS HOSPITAIS PÚBLICOS DE BELÉM DO PARÁ
Autores:Eliseth Costa Oliveira de Matos de Matos (UEPA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Eliseth Costa Oliveira de Matos Matos (UEPA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; Silvana A. Ferreira Ferreira (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Ana Cristina N Pestana Pestana (UFMG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS) ; Luiz M Farias Farias (UFMG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS) ; Maria Auxiliadora Roque de Carvalho Carvalho (UFMG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS)

Resumo

Espécies de Staphylococcus spp. Resistentes a antimicrobianos representam um problema cosmopolita, sendo o controle de sua disseminação um importante desafio. A primeira cepa de Staphylococcus spp resistente à meticilina foi detectada na Europa em 1961 e pertencia a espécie Staphylococcus aureus. Nas décadas seguintes os Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) se tornaram um grave problema de saúde pública mundial. O isolamento de Staphylococcus coagulase negativa (CNS), tem sido descrito e demonstra que esse grupo tem desenvolvido resistência à vários antimicrobianos, inclusive à meticilina. Dentre as espécies de CNS, Staphylococcus epidermidis é a mais prevalente em bacteremias, situando-se entre 74% e 92% dos Staphylococcus spp isolados em hemoculturas. A metodologia utilizada foi pelo método de diluição em Agar seguindo as recomendações do NCCLS. Neste trabalho foi avaliado o perfil de susceptibilidade a doze antimicrobianos de 263 amostras do gênero Staphylococcus, recuperadas de espécimes clínicos, de dois hospitais públicos de Belém do Pará.  Do total de amostras analisadas 68,7% e 80,3% (Hospitais 1 e 2) respectivamente, pertenciam à espécie de S.aureus e, as demais, ao grupo das coagulase negativa (SCoN). Os testes de susceptibilidade a antimicrobianos revelaram resistência de quase totalidade das amostras aos b-lactâmicos (penicilina, ampicilina e amoxicilina)de quase metade à oxacilina. Com relação às outras drogas, a maior resistência foi observada em relação à tetraciclina e a eritromicina. A vancomicina foi ativa contra todas as amostras.  Foi evidenciada a produção da enzima b-lactamase de caráter constitutivo sob ação da penicilina, ampicilina e amoxicilina, pela maioria das amostras e produção indutiva sob ação da oxacilina, a não produção da enzima sugere a presença de outros mecanismos de resistência, além da inativação enzimática, que seriam expressos de acordo com a pressão seletiva no ambiente. A análise de sub-populações resistentes, revelou grande heterogeneidade entre as amostras, o que sugere origem plasmidial dos genes de resistência. Os dados deste trabalho demonstram a importância do conhecimento da realidade da microbiota de cada hospital e da necessidade de vigilância destes agentes em qualquer instituição similar, como requisito essencial para minimizar a problemática da resistência bacteriana.

 


Palavras-chave:  BACTERIOLOGIA, RESISTÊNCIA BACTERIANA, TESTE DE SENSIBILIDADE