II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-014


Poster (Painel)
MH-014DISCO DIFUSÃO COM OXACILINA E CEFOXITINA NA DETECÇÃO DE MRSA EM CEPAS S. aureus mecA POSITIVAS
Autores:Carla Madeira Marques (FEEVALE - Biomedicina) ; Caroline Manfredini (FEEVALE - Biomedicina) ; Ana Paula Becker (UFSCPA - Ciências Médicas) ; Simone Ulrich Picoli (FEEVALE - Biomedicina)

Resumo

INTRODUÇÃO: Staphylococcus aureus pode ser agente de diferentes infecções e o tratamento para sua erradicação tem se tornado cada vez mais complexo em virtude dos crescentes índices de resistência aos antimicrobianos, em particular à oxacilina (MRSA). Este mecanismo é mediado pelo gene mecA, responsável por alterar o sítio de ligação do antibiótico na bactéria. Segundo o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) a pesquisa deste fenômeno pode ser conduzida empregando tanto cefoxitina quanto oxacilina através de disco difusão. Assim, o objetivo deste foi comparar o desempenho de discos de oxacilina e de cefoxitina na detecção de MRSA em 53 cepas de S. aureus mecA, avaliando resultados de leitura dos halos em 18 e 24 horas de incubação. MATERIAIS E MÉTODOS: Este estudo experimental foi conduzido segundo normas do CLSI para disco difusão: inóculo bacteriano ajustado em 0.5 McFarland, uso de placas de agar Mueller Hinton com pH e altura adequados, incubação a 35ºC (temperatura máxima) e posterior interpretação dos halos de inibição produzidos após 18 e 24 horas. Discussão dos Resultados: Em 51 (96.2%) amostras verificou-se absoluta concordância na qualificação de MRSA com emprego de ambos os discos (oxacilina e cefoxitina). Contudo, em duas (3.8%) cepas de S. aureus mecA positivas os resultados foram inconsistentes: resistência a oxacilina e sensibilidade a cefoxitina. Este achado é preocupante, pois ao empregar a cefoxitina para predizer o comportamento frente à oxacilina em alguns isolados de S. aureus poder-se-á interpretar a cepa como sensível ao fármaco, contudo não ocorrrerá ação antimicrobiana devido a presença do gene mecA não detectado devido à falha metodológica. Em relação aos tempos de incubação versus leitura dos halos, percebeu-se que a incubação por 24 horas tende a diminuir os halos de inibição, mas não interfere na qualificação do resultado (resistente). Conclusão: Apesar do CLSI indicar que a pesquisa de MRSA seja possível usando qualquer um dos discos (cefoxitina ou oxacilina), encontrou-se evidências da necessidade de testar ambos simultaneamente a fim de detectar todas as cepas mecA positivas (MRSA), assegurando a liberação de resultado correto que acarretará em terapêutica conveniente.


Palavras-chave:  MRSA, gene mecA, Oxacilina, Cefoxitina