Resumo

A pitiríase versicolor (pano branco) é uma dermatomicose superficial, benigna, crônica, de aspecto furfuráceo, causada por leveduras do gênero Malassezia. O presente trabalho teve como objetivo detectar a ocorrência de pitiríase versicolor nos grupos assistidos pelo projeto Crescer de uma instituição social de Maceió – AL. Foram utilizadas duas técnica de coleta de amostras clínicas para cada indivíduo: a primeira através da técnica de Porto que consiste em pressionar uma fita adesiva transparente sobre a lesão e segunda com auxilio de swab embebido em solução de água destilada esterilizada com antibiótico. Em seguida, foram processadas para exame direto através da coloração com azul de metileno e cultura em ágar Sabouraud acrescido de azeite de oliva e cloranfenicol na concentração de 50mg/L, mantidas a temperatura ambiente por sete dias. A identificação do agente etiológico foi baseada na observação das características macro e micromorfológicas, bem como nos testes bioquímicos da catalase e esculina. Foram coletadas 73 amostras, sendo 12 (16,4%) positivas para pitiríase versicolor, dentre essas sete (9,5%) pertenceram ao grupo das crianças, duas (2,7%) dos jovens e três (4,2%) das mulheres. Entre os pacientes analisados, o sexo feminino foi o mais acometido com 9 (12,3%) casos, sendo a faixa etária compreendida entre 4-10 anos a mais acometida com sete (9,5%). Ao exame direto das amostras clínicas foram visualizadas as seguintes estruturas fúngicas: hifas curtas em cinco; leveduras em quatro; hifas curtas e leveduras em três amostras. Na cultura houve positividade em 12,3% amostras, sendo Malassezia restricta a espécie de maior ocorrência com 8,2% nos pacientes analisados. Diante dos resultados obtidos, destaca-se a importância de estudos complementares sobre o tema, permitindo um conhecimento maior sobre a dimensão do problema e a realidade das comunidades.