II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-001


Poster (Painel)
MH-001DETECÇÃO DO GENE mecA E CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE SCCmec EM ESTAFILOCOCOS COAGULASE-NEGATIVA ISOLADOS DE INFECÇÕES DE PELE ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE
Autores:Adilson Oliveira (UNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de BotucatuUNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de BotucatuUNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de BotucatuUNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu) ; Mariana Fávero Bonesso (UNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de BotucatuUNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de BotucatuUNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de BotucatuUNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu) ; Maria de Lourdes Ribieiro de Souza da Cunha (UNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de BotucatuUNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de BotucatuUNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de BotucatuUNESP DE BOTUCATU - Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu)

Resumo

Espécies de estafilococos coagulase-negativa (ECN) são frequentemente isoladas de pacientes hospitalizados e imunocomprometidos como agentes de uma série de infecções. Staphylococcus spp. de origem hospitalar são resistentes a uma gama de antimicrobianos e dentre eles à oxacilina, utilizada no tratamento dessas infecções. Cepas de Staphylococcus aureus resistentes a meticilina adquirida na comunidade (CA-MRSA) foram primeiramente relatadas em 1990. CA-MRSA é isolado de indivíduos sem fatores de risco de aquisição e carreiam o cassete cromossômico (SCCmec) do tipo IV que possui somente o gene mecA que codifica a resistência à meticilina. Estudos relatam que a transferência do SCCmec se dá a partir do ECN para o S. aureus constituindo uma importante fonte para aquisição de resistências antimicrobianas. Esse trabalho teve como objetivo verificar a resistência antimicrobiana e detecção do gene mecA em ECN isolados de infecções de pele de pacientes da Triagem da Dermatologia da UNESP. As amostras de ECN foram submetidas à identificação pelas provas bioquímicas, detecção do gene mecA e à caracterização do cassete cromossômico mec (SCCmec). De um total de 125 amostras coletadas de pacientes pode-se isolar 54 amostras de ECN. Dessas, 28 (51%) pertenciam à espécie S. epidermidis, 9 (16%) à S. haemolyticus, 5 (9%) à S. saprophyticus, 3 (5%) à S. schleiferi subespécie schleiferi, 3 (5%) à S. xylosus, 3 (5%) de S. cohnii, 1 (1%) de S. capitis, 1 (1%) de S. warneri, 1 (1%) de S. lugdunensis. O gene mecA foi detectado em 12 (22%) amostras de ECN sendo 2 (16%) do tipo I, 1 (8%) do tipo II, 3 (25%) do tipo III e 6 (50%) do tipo IV. Das 12 amostras que carrearam o gene mecA 6 (50%) foram resistentes a oxacilina e/ou cefoxitina e 6 (50%) foram sensíveis para ambos os antibióticos. Os resultados encontrados nesse estudo permitem concluir que ECN resistentes à meticilina (MRSCN) estão presentes na comunidade, sendo que os SCCmec comunitário e hospitalar estão presentes em pacientes atendidos na triagem do HC da FMB. Esses dados reforçam a importância dessas cepas como fontes de infecção de difícil tratamento e de disseminação de cepas resistentes na comunidade colocando em risco a saúde pública.


Palavras-chave:  Staphylococcus coagulase-negativa, Staphylococcus aureus, SCCmec, mecA, resistência a antibióticos