II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-024


Poster (Painel)
MH-024CARACTERIZAÇÃO DA RESISTÊNCIA A ERITROMICINA ENTRE AMOSTRAS DE Streptococcus agalactiae ISOLADAS DE GESTANTES ATENDIDAS NO INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ.
Autores:Maria Francisca da Silva Neta (IFF, FIOCRUZ - Instituto Fernandes Figueira, Fiocruz) ; Rafael Silva Duarte (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Tatiana de Castro Abreu Pinto (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Jânio Alves Cordeiro (IFF, FIOCRUZ - Instituto Fernandes Figueira, Fiocruz) ; Fabíola Cristina de Oliveira Kegele (IFF, FIOCRUZ - Instituto Fernandes Figueira, Fiocruz)

Resumo

Streptococcus agalactiae (Estreptococos do Grupo B, EGB) são comumente isolados como membros da microbiota vagino-anal, e reconhecidos como importante causa de morbi-mortalidade materno-neonatal, incluindo os quadros de sepse. Penicilina é a droga de escolha para tratamento e profilaxia das infecções em neonatose os macrolídeos aparecem como alternativa para as atopias. A emergência de cepas resistentes aos macrolídeos tem sido relatada em diversas regiões geográficas, sendo as alterações do sítio alvo, codificada pelos genes erm, e o efluxo ativo da droga, pelo gene mef, os principais mecanismos de resistência. A tetracilina não é recomendada para tratamento, mas genes de resistência a essa droga são encontrados em determinantes gênicos comuns aos genes de resistência a eritromicina, como os transposons da família Tn916-Tn1545. No presente estudo foi avaliado o perfil de susceptibilidade a ampicilina, clindamicina, eritromicina, penicilina, tetraciclina e vancomicina em 178 amostras de EGB isoladas de gestantes atendidas no Instituto Fernandes Figueira, Fiocruz, no período de abril de 2007 a abril de 2009, enfatizando a avaliação fenotípica e genotípica da resistência a eritromicina. As amostras foram coletadas utilizando swabs vagino-perianal, identificadas por testes fenotípicos, e, aquelas resistentes a eritromicina (Eri-R) foram submetidas ao teste de disco aproximação para detecção do fenótipo de resistência e as reações em cadeia da polimerase para detecção do genes ermA, ermB, mefA/E e int-Tn. Por fim, foram submetidas à eletroforese em campo pulsado (PFGE) para análise do polimorfismo genético. Todas as amostras foram suceptíveis a ampicilina, penicilina e vancomicina e os índices de resistência a clindamicina, eritromicina e tetraciclina foram 2,2%, 7,8% e 92%, respectivamente. Entre as amostras Eri-R, predominou o fenótipo iMLSB e o genótipo ermA e 64,2% foram positivas para o gene int-Tn. A análise através de PFGErevelou dois complexos clonais predominates, com 10 amostras Eri-R. Os resultados do estudos corroboram com a literatura e reforçam a necessidade de constante vigilância da resistência a eritromicina em EGB.


Palavras-chave:  Streptococcus agalactiae, Resistência a eritromicina, Gestantes, Neonatos