II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-016


Poster (Painel)
MH-016Gene blaCTX-M e análise de resistência à drogas beta-lactâmicas em enterobactérias produtoras de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL).
Autores:Luana Luzia Santos Pires (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Marília Gracelídia dos Santos Barros (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Aryanna Kelly Pinheiro Souza (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Krystianelly Patrícia Pedrosa Santa Rita (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Guacyra Machado Lisboa (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Gabryelle Barbosa Cordeiro de Lima (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Flávia Soares de Lima (LPC - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ) ; Maria Anilda dos Santos Araújo (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Zenaldo Porfírio (CPML - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS) ; Eurípedes Alves da Silva Filho (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS)

Resumo

Enterobacteriaceae é uma família de bactérias importante por causar infecções hospitalares e comunitárias, sendo a produção de enzimas seu principal mecanismo de resistência. As beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) representam sério problema de saúde pública e grande desafio terapêutico. Atualmente, as ESBL do tipo CTX-M tornaram-se o tipo mais prevalente, sendo encontradas em isolados bacterianos em todo o mundo. Como essas enzimas ainda não foram detectadas em isolados bacterianos de Maceió/AL, determinou-se estudar a distribuição do gene blaCTX-M em enterobactérias produtoras de ESBL isoladas de pacientes atendidos nos hospitais Santa Casa de Misericórdia e Hospital Geral de Alagoas de Julho de 2008 a Junho de 2009. As bactérias foram identificadas por testes convencionais de automação (MicroScan®). Confirmadas como produtoras de ESBL pelo teste de disco-aproximação. O perfil de sensibilidade aos antimicrobianos foi realizado pelo método de disco-difusão. O DNA foi extraído por fervura a 95ºC. A investigação molecular do gene de resistência blaCTX-M (544pb) foi realizada pelo método da PCR, utilizando oligonucleotídeos específicos. As bactérias Escherichia coli ATCC 25922, Klebsiella pneumoniae ATCC 700603 e K. pneumoniae 4M (blaCTX-M) foram utilizadas como controle negativo, positivo (fenotípico) e positivo (molecular), respectivamente. Em 57 (68,67%) dos 83 isolados de enterobactérias submetidas à análise por PCR para a identificação de blaCTX-M foi amplificado um fragmento de 544pb. Das bactérias que foram amplificadas, algumas apresentaram o gene em 100% dos isolados, como K. ozaenae (3/3), Proteus mirabilis (7/7), P. vulgaris (2/2) e Providencia rettgeri (1/1), seguida por 71,74% de K. pneumoniae (33/46), 56,25% de E. coli (9/16), 50% de K. oxytoca (1/2) e 33,33% de Enterobacter aerogenes (1/3). BlaCTX-M foi encontrado em 3 (5,26%) dos 57 isolados em pacientes da comunidade. Os únicos antimicrobianos ativos foram os carbapenêmicos (imipenem e meropenem) frente aos isolados portadores de gene blaCTX-M, apresentando 100% de sensibilidade, seguido por piperacilina/tazobactam com 82,46%. Desse modo, esse trabalho comprova a existência da enzima CTX-M em Maceió/AL, tendo caráter emergencial e alto grau de resistência. APOIO: CAPES/FAPEAL.


Palavras-chave:  blaCTX-M, resistência bacteriana, beta-lactâmicos, enterobactérias