II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-013


Poster (Painel)
MH-013Detecção de genes de resistência blaTEM e blaCTX-M em bactérias não-padronizadas pelo CLSI (2010) isoladas em hospitais de Maceió/AL.
Autores:Luana Luzia Santos Pires (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Marília Gracelídia dos Santos Barros (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Aryanna Kelly Pedrosa Souza (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Krystianelly Patrícia Pedrosa Santa Rita (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Guacyra Machado Lisboa (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Gabryelle Barbosa Cordeiro de Lima (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS) ; Flávia Soares de Lima (LPC - SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MACEIÓ) ; Renato Junior Cavalcante Silva (CPML - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS) ; Zenaldo Porfírio (CPML - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS) ; Eurípedes Alves da Silva Filho (UFAL - GENÉTICA E MICROBIOLOGIA APLICADA/ICBS)

Resumo

Beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) são enzimas bacterianas que hidrolisam antibióticos beta-lactâmicos de amplo espectro. O Clinical and Laboratory Standard Institut (CLSI) preconiza normas de pesquisa de ESBL apenas nas espécies Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca, Proteus mirabilis e Escherichia coli. Atualmente, muitos microbiologistas tem observado o aumento de isolados produtores de ESBL em outras espécies de enterobactérias não-padronizadas pelo CLSI. E por isso, o objetivo desse trabalho foi identificar genes que determinam resistência aos grupos de antibióticos oximino-beta-lactâmicos, blaTEM e blaCTX-M, em bactérias não-padronizadas pelo CLSI isoladas de pacientes em hospitais de Maceió (Santa Casa de Misericórdia, Hospital Geral de Alagoas e Memorial Arthur Ramos). As bactérias foram identificadas por testes convencionais de automação (MicroScan). Confirmadas como produtoras de ESBL pelo teste de disco-aproximação. O DNA foi extraído por fervura a 95°C. A investigação molecular dos genes de resistência blaTEM (972pb) e blaCTX-M (544pb) foi realizada pelo método da PCR, utilizando oligonucleotídeos específicos. As bactérias E. coli ATCC 25922, K. pneumoniae ATCC 700603 e K. pneumoniae 4M (blaTEM e blaCTX-M) foram utilizadas como controle negativo, positivo (fenotípico) e positivo (molecular). De 83 isolados bacterianos amplificados para os genes blaTEM e blaCTX-M, 12 (14,46%) foram de enterobactérias não-padronizadas pelo CLSI. Dessas, 04 (33,33%) foram isoladas na Santa Casa, 01 (8,33%) no Arthur Ramos e 07 (58,33%) no Hospital Geral. As diversas espécies não-padronizadas isoladas foram: K. ozaenae (03), Enterobacter aerogenes (03), Hafnia alvei (02), Enterobacter clocae (01), Proteus vulgaris (02) e Providencia rettgeri (01). Desses 12 isolados, 10 (83,33%) apresentaram algum gene de resistência, sendo que o gene blaTEM foi encontrado em 09 (90%) isolados e o gene blaCTX-M foi detectado em 07 (70%). Em 06 (60%) isolados, ambos os genes foram detectados simultaneamente. Apenas em 02 (16,66%) isolados não foram detectados genes de resistência blaTEM e blaCTX-M, e esta ausência foi na espécie H. alvei. Sendo essa, a primeira detecção de genes blaTEM e blaCTX-M em isolados bacterianos não-padronizados em Maceió/AL e isso constitui um fator determinante que indica a necessidade de padronização de métodos para a detecção deste mecanismo de resistência em outras espécies. APOIO: CAPES/FAPEAL.


Palavras-chave:  resistência bacteriana, ESBL, blaTEM, blaCTX-M, enterobactérias