II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-035


Poster (Painel)
MH-035PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO EM PACIENTES COLONIZADOS POR ENTEROCOCOS RESISTENTES À VANCOMICINA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Autores:Reonice Claudete Paniguel Bariquello (UNESP/FMB - LAB. MICROBIOLOGIA / FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU) ; Adriano Martison Ferreira (UNESP/FMB - DOENÇAS TROPICAIS / FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU) ; Carlos Henrique Camargo (UNESP/IB - MICRO E IMUNO/FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU) ; Ana Lúcia Silva Rosa (UNESP/FMB - LAB. MICROBIOLOGIA / FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU) ; Marcos Antonio Bronzato (UNESP/FMB - LAB. MICROBIOLOGIA / FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU) ; Carina Fátima de Síbia (UNESP/FMB - LAB. MICROBIOLOGIA / FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU) ; Alessandro Lia Mondelli (UNESP/FMB - DOENÇAS TROPICAIS / FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU) ; Terue Sadatsune (UNESP/IB - MICRO E IMUNO/FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU)

Resumo

Enterococcus é um dos principais agentes causadores de infecções hospitalares. As cepas com resistência à vancomicina merecem especial atenção, devido ao potencial risco de transmissão horizontal de seus determinantes de resistência. A identificação dos enterococos com resistência à vancomicina (VRE) torna-se, portanto, uma medida importante na tentativa de conter sua disseminação. No Brasil, assim como em outros países, as taxas de pacientes colonizados ou infectados por VRE é crescente, o que exige vigilância microbiológica, atrelada a medidas de controle de infecção hospitalar. O presente estudo teve como objetivo verificar a prevalência de pacientes colonizados por enterococos resistentes à vancomicina na Unidade de Terapia Intensiva Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, bem como os fatores de risco relacionados à colonização por estes microrganismos. O estudo epidemiológico observacional, retrospectivo, compreendeu análise de dados de todos os pacientes internados na unidade entre janeiro de 2008 e abril de 2010. Os fatores de risco avaliados em análise univariada foram: sexo, cateter vesical, cateter venoso central, diálise, terapia antimicrobiana, ventilação mecânica, nutrição parenteral e status pós-operatório (teste de qui-quadrado; α=0,05). Durante o período de estudo, 456 pacientes foram avaliados, dos quais 56 (12,3%) apresentaram colonização por VRE, e 363 (79,6%) estavam submetidos a tratamento com um ou mais antimicrobianos Entre estes, os antimicrobianos mais empregados foram vancomicina (31,1%), cefepime (30,3%), imipenem (20,4%), metronidazol (13,2%) e clindamicina (11,8%). A diálise, terapia antimicrobiana e ventilação mecânica foram fatores de risco associados à colonização por VRE (odds ratio – OR – variando entre 2,96 e 5,53, p<0,05), bem como o emprego de vancomicina e imipenem (OR 3,4 e 3,56, respectivamente, p<0,05). Os resultados aqui apresentados mostram a importância de culturas de vigilância como indicativas para tomada de medidas de contenção e de prevenção da disseminação destes microrganismos no ambiente hospitalar, que devem ser instituídas precoce e efetivamente na rotina hospitalar.

 

 


Palavras-chave:  Enterococos, Fatores de Risco, Infecção Hospitalar, Unidade de Terapia Intensiva, Vancomicina