II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-041


Poster (Painel)
MH-041Fatores de risco de uma população carcerária para colonização de CA-MRSA
Autores:Claudia de Lima Witzel (UNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São Paulo) ; Mariana Fávero Bonesso (UNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São Paulo) ; Valéria Cataneli (UNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São PauloUNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São PauloUNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São Paulo) ; Carlos Magno Castelo Branco (UNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São PauloUNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São PauloUNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São PauloUNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São Paulo) ; Maria de Lourdes Ribeiro Souza da Cunha (UNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São PauloUNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São PauloUNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São PauloUNESP-BOTUCATU - Universidade do Estado de São Paulo)

Resumo

Staphylococcus aureus é uma bactéria patogênica, causadora de um amplo expectro de doenças, e reconhecida como causadora de infecções graves. Mais recente houve o aumento de MRSA adquirido na comunidade (CA-MRSA), chamando a atenção para a comunidade médica por estar presente em pacientes sem os clássicos fatores de risco para MRSA. O controle do CA-MRSA em populações carcerárias tem sindo foco de estudo na saúde pública, com relatos de infecções em presídios. O objetivo deste estudo foi verificar a frequência de S. aureus na mucosa nasal da população carccerária, a detecção de resistência à Oxacilina pelo método de difusão com discos de oxacilina e cefoxitina, detecção do gene mecA e o gene lukF-PV e lukS-PV que codificam a leucocidina de Panton-Valentine (PVL) pela técnica de PCR. Também foram estudados os fatores de risco para presença de S. aureus, através da apliação de um questionário sendo os dados obtidos e analisados pelo programa Epi-info, versão 3.5, considerando valores significativos de p<0,05. Foram coletados 302 Swabes nasais e a espécie Staphylococcus aureus foi isolada em 50 (16,5%) dos reeducandos. O gene mecA encontrado em 30% dessas amostras, a toxina (PVL) que é letal para neutrófilos, não foi detectada. A resistência à oxacilina pelo método de difusão de disco foi detectada somente em 6 (12%) dos S. Aureus e a resistência á cefoxitina em 8 (16%). Os fatores de risco presentes na população estudada para carrear S. aureus mostrou, 26 (53%) presidiários portadores de doenças de pele, 27 (55,1%) com doenças pulmonares, 25 (50%) uso diário de diazepan 10mg e 9 (18%) homens que fazem sexo com homens. Os resultados demonstram a importância da utilização técnicas moleculares na detecção de MRSA e da presença de carreadores dessas amostras na comunidade carcerária. Devido ao confinamento, fatores de risco como uso de drogas e partilha de objetos de uso pessoal, este estudo ressalta a importância epidemiológica uma vez que o portador de S. aureus tem potencial de desenvolver infecções por esse microorganismo em situações de imunossupressão, como também a disseminação do mesmo. Mostrando assim a importância da concientização de planejamento de medidas de prevenção, controle e avaliação de MRSA na população carcerária que pode ser fonte importante de disseminação dessas amostras para comunidade.


Palavras-chave:  CA-MRSA, Presídio, staphilococcus aureus