II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-040


Poster (Painel)
MH-040Avaliação Comparativa entre as Metodologias M.I.C.E.®, Etest® e Microdiluição em Caldo na Determinação da CIM das Espécies Bacterianas mais Frequentemente Isoladas pelos Laboratórios de Microbiologia Clínica.
Autores:Eloiza Helena Campana (UNIFESP - Medicina/Universidade Federal de São Paulo) ; Paula Peraro Barbosa (UNIFESP - Medicina/Universidade Federal de São Paulo) ; Cecília Godoy Carvalhaes (UNIFESP - Medicina/Universidade Federal de São Paulo) ; Ana Cristina Gales (UNIFESP - Medicina/Universidade Federal de São Paulo)

Resumo

Introdução: As fitas Oxoid® M.I.C.E® (ThermoFisher Scientific, Basingstoke, UK), recém-lançadas no mercado, representam uma alternativa rápida para a realização de testes de sensibilidade a antimicrobianos (TSA). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente o desempenho da metodologia M.I.C.E® em relação à microdiluição em caldo (teste de referência) e ao E-test® (AB Biodisk, Estocolmo, Suécia) Metodologia: Foram selecionadas 160 amostras bacterianas isoladas do Hospital São Paulo, sendo: P. aeruginosa (20), Acinetobacter spp. (20), K. pneumoniae (20), E. coli (20), S. aureus (20), Staphylococcus coagulase-negativa (20), E. faecalis (20) e E. faecium (20). Os TSAs foram realizados por microdiluição em caldo, E-test® e M.I.C.E®, seguindo-se as recomendações do CLSI (2009) e dos respectivos fabricantes. Os resultados foram interpretados segundo os critérios estabelecidos pelo CLSI e comparados por análise de regressão. Resultados: Avaliando-se todas as combinações de antimicrobianos vs. a espécie bacteriana, o desempenho da metodologia M.I.C.E.® foi muito bom, apresentando uma concordância geral (variação na CIM ±1 Log2) ≥ 90%, exceto para cefotaxima (85%) e vancomicina (76,3%), quando comparado aos resultados da metodologia de referência. Quando comparado os resultados obtidos pela técnica M.I.C.E.® em relação àqueles obtidos pelo E-test®, foi observada uma concordância geral superior a 96%, com exceção para a combinação amoxicilina/ácido clavulânico (67,5%). Para esta combinação foi observada uma tendência a maiores valores de CIM para as amostras de K. pneumoniae e E. coli, quando a metodologia M.I.C.E.® foi utilizada. Observamos que a concordância total entre as técnicas de E-test® e a metodologia de referência, considerando a variação de ±1 Log2, foi de 94,9% e a concordância de categorias foi de 95,8%. Quando comparadas as categorias de sensibilidade das respectivas combinações bactéria vs. antimicrobiano, não houve a detecção de erros muito graves entre as metodologias avaliadas. Conclusão: Os resultados do TSA obtidos pela metodologia M.I.C.E.® apresentaram boa correlação com àqueles obtidos pela microdiluição em caldo e E-test®, indicando que esta metodologia pode ser empregada pelos laboratórios de microbiologia clínica na determinação da CIM de isolados clínicos.


Palavras-chave:  CIM, Microbiologia Clínica, Teste de Sensibilidade