II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-007


Poster (Painel)
MH-007

PESQUISA DE ANTICORPOS ANTI-PBP2a EM PACIENTES COLONIZADOS POR Staphylococcus aureus RESISTENTES A METICILINA (MRSA).

Autores:Rodrigo Müller (FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz) ; Pedro Fernandez Del Peloso (RICHET - Laboratório Richet) ; Natalia Plinio de Souza (FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz) ; Jose Procopio Moreno Senna (FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz)

Resumo

As infecções causadas por Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) são temidas em virtude da dificuldade de seu tratamento e da elevada morbidade associada. A PBP2a (penicillin binding protein 2a), enzima responsável pela síntese da parede celular em MRSA, apresenta baixíssima afinidade por beta-lactâmicos. Pelo fato de a PBP2a estar localizada na superfície externa, a mesma seria acessível ao sistema imune. Durante as infecções causadas por MRSA, pouco se sabe se o hospedeiro infectado ou colonizado desenvolve anticorpos anti-PBP2a e se os mesmos seriam protetores ou não. O presente projeto tem por finalidade avaliar a presença e níveis de anticorpos anti-PBP2a em um grupo de 56 pacientes colonizados por MRSA e investigar se estes anticorpos seriam protetores ou não. Os resultados gerados permitiram observar que 71% das amostras analisadas apresentaram anticorpos anti-PBP2a pelo teste ELISA. Estas amostras foram submetidas à Western blot para confirmação, demonstrando que 46% das amostras possuíram anticorpos anti-PBP2a. Após estes resultados, as amostras positivas foram submetidas à purificação para avaliar a cinética de crescimento de MRSA em presença de imunoglobulinas. Avaliamos a curva de crescimento de MRSA em presença de imunoglobulinas purificadas de soro de pacientes colonizados por MRSA, (quantificação bacteriana). Observamos que houve uma redução do crescimento bacteriano em presença destas imunoglobulinas. Os resultados obtidos indicaram que: (i) pacientes colonizados por MRSA podem produzir anticorpos anti-PBP2a e (ii) estes anticorpos podem conferir proteção contra MRSA. Estes indicam que uma vacina anti-PBP2a poderia ser efetiva para prevenção de infecções causadas por MRSA, como também para o emprego de imunoterapia passiva poderia ser empregado no tratamento de pacientes infectados por este patógeno.


Palavras-chave:  S. aureus resistente a meticilina, MRSA, colonização, anticorpos anti-PBP2a