II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-020


Poster (Painel)
MH-020

Perfil de resistência e polimorfismo genético de A. baumannii isolados de hemoculturas de pacientes internados em quatro hospitais públicos do rio de Janeiro.

Autores:Luciene Ribeiro da Costa Silva (FCM-UERJ - Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia) ; Rosana Helena Vicente Pereira (FCM-UERJ - Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia) ; Elisa da Costa Pinto (HUPE - Hospital Universitário Pedro Ernesto) ; Maria Jose Souza (HSE - Hospital dos Servidores do Estado) ; Jupira Miron Carballido (HUAP - Hospital Universitário Antônio Pedro) ; Andre Nogueira Olendzki (HNMD - Hospital Naval Marcílio Dias) ; Marise Dutra Asensi (FIOCRUZ - Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar) ; Ana Paula D'alincourt Carvalho-assef (FIOCRUZ - Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar) ; Elizabeth de Andrade Marques (FCM-UERJ - Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia)

Resumo

Acinetobacter baumannii tem sido considerado um dos mais problemáticos microrganismos associados a infecções hospitalares, especialmente em unidades de tratamento intensivo. A emergência de cepas multirresistentes tem sido relacionado a ocorrência de surtos e ao aumento da mortalidade entre os pacientes. Em muitas instituições tem se tornado endêmico dificultando as medidas de controle. Avaliamos o perfil de resistência e a relação clonal de 87 amostras de A.baumannii obtidas de hemoculturas de pacientes hospitalizados em quatro hospitais da cidade do Rio de Janeiro no período de setembro de 2007 a setembro de 2008. Empregando o método de difusão em agar para 10 antimicrobianos, foram observados percentuais de resistência acima de 70% entre as cepas dos quatro hospitais para: ceftazidima, cefotaxima e ciprofloxacina. A resistência aos carbapenêmicos variou de 59% a 91%. Dois antibiotipos multirresistentes foram prevalentes entre as amostras. Um deles, caracterizado pela sensibilidade apenas aos aminoglicosídeos ocorreu em 20,7% das amostras e o outro, observado em 14,9% das amostras, foi caracterizado pela resistência a todos os antimicrobianos. Através da PCR, 75,9% das amostras apresentaram produto de amplificação compatível com gene blaoxa-23-like. Todas as amostras que apresentaram o gene blaoxa-23-like foram resistentes aos carbapenêmicos. A análise do polimorfismo genético das amostras por PFGE mostrou a presença de 35 clones distribuídos entre os hospitais estudados. Um clone (designado A), presente em 32 amostras (36,9%), foi encontrado nos quatro hospitais, sendo prevalente em três. Em 93,8% das amostras do clone A foi detectado o gene blaoxa-23-like. A disseminação de um clone de A. baumannii multirresistente produtor de OXA 23 entre os hospitais estudados evidencia a necessidade de adesão às medidas de controle de infecções instituídas nos hospitais estudados, visando minimizar a morbidade e a mortalidade causada por este importante patógeno. Este estudo, por ter sido realizado em quatro hospitais de grande porte do Rio de Janeiro por um período estabelecido, permitiu um maior conhecimento sobre o panorama local do perfil de susceptibilidade destes microrganismos.


Palavras-chave:  A. baumannii, Infecção hospitalar, Resistência