II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-003


Poster (Painel)
MH-003 DETECÇÃO DE GENES ASSOCIADOS COM VIRULÊNCIA EM ESTIRPES DE Escherichia coli UROPATOGÊNICAS
Autores:Fagna Amorim de Oliveira (UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ) ; Lavínia Arend (UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ) ; Sônia Farah (UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ) ; Kátia Sabrina Paludo (UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ) ; Cyntia Maria Telles Fadel Picheth (UFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁUFPR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)

Resumo

Introdução
Infecção do trato urinário (ITU) é uma das infecções mais comuns em humanos, sendo Escherichia coli o principal agente etiológico. A habilidade de E. coli causar ITU está associada à expressão de diversos fatores de virulência, incluindo adesinas, toxinas e resistência ao soro. Os genes que codificam esses fatores podem estar presentes no cromossomo, em ilhas de virulência, e elementos genéticos móveis.

Objetivo
 Determinar os genes de virulência presentes em estirpes de E. coli isoladas de cultura de urina com contagem igual ou superior a 105 UFC/ml.

Material e Métodos
Amostra: foram analisados 66 isolados de cultura de urina identificados através de testes bioquímicos como E. coli. As estirpes foram cultivadas em ágar MacConkey e a extração de DNA realizada pelo método da fervura. A presença dos genes de virulência mais frequentemente associados à E. coli uropatogênica (UPEC) foi determinada por PCR multiplex incluindo as adesinas fímbria P (pap), fímbria S (sfa) e adesina afimbrial I (afaI); o sideróforo aerobactina (aer); as toxinas alfa hemolisina (hly)
e fator necrotizante citotóxico 1 (cnf1); marcador para a ilha de virulência PAI e do gene traT associado com a resistência ao soro. A sequencia dos iniciadores está descrita na literatura. A detecção dos produtos de PCR foi realizada através de eletroforese em gel de agarose a 2% corado em brometo de etídeo e vizualizado em luz ultravioleta.

Resultados
Das 66 estirpes de E.coli analisadas 55 (83%) apresentaram pelo menos um gene de virulência. O mais frequente foi o gene associado com resistência ao soro (traT) presente em 41 estirpes, seguido do marcador da ilha de virulência de UPEC (PAI), detectado em 21 estirpes. Dentre os genes que codificam para as adesinas, pap foi o mais comum, detectado em 14 estirpes, seguido de sfa, em 12 estirpes e afa, em 4 estirpes. O gene aer foi detectado em 26 estirpes e cnf1e hly estavam presentes em 10 e 4 estirpes, respectivamente.

Conclusão
A maioria das E. coli isoladas de urina apresentou ao menos um gene associado com virulência em UPEC. Em 11 isolados não foi detectado nenhum dos genes estudados sugerindo que essas estirpes contém genes de virulência encontrados menos frequentemente ou mesmo genes de virulência ainda não identificados em UPEC.

 


Palavras-chave:  Escherichia coli, virulência, infecção urinária