II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-008


Poster (Painel)
MH-008PERFIL DE RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS EM PROTEUS MIRABILIS UROPATOGÊNICOS.
Autores:Viviane Cardozo (UEL - Microbiologia/Universidade Estadual de Londrina) ; Marilucia Ludovico (UEL - Microbiologia/Universidade Estadual de Londrina) ; Marcus Mastine (UEL - Microbiologia/Universidade Estadual de Londrina) ; Tatiane Burgos (UEL - Microbiologia/Universidade Estadual de Londrina) ; Rafael Melo (UEL - Microbiologia/Universidade Estadual de Londrina) ; Silvia Cestari (UEL - Microbiologia/Universidade Estadual de Londrina) ; Jacinta Pelayo (UEL - Microbiologia/Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Infecções do Trato Urinário (ITU) são as mais frequentemente documentadas em humanos, tanto em hospitais quanto na comunidade. As infecções causadas por Proteus mirabilis são comuns em pacientes com catéter urinário e em indivíduos com anomalias estruturais ou funcionais do trato urinário. Estas infecções podem causar desde cistite até sérias complicações como pielonefrite, bacteremia e formação de cálculos, podendo levar a bloqueio de cateteres e danos severos no tecido renal. Esta espécie é intrinsecamente resistente à nitrofurantoína e tetraciclina, mas é naturalmente suscetível aos aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e sulfametoxazol-trimetoprim. São também geralmente sensíveis aos β-lactâmicos, que estão entre as drogas de escolha para tratamento de doenças causadas por este microrganismo, por não expressarem a cefalosporinase AmpC cromossômica. No entanto, o aumento progressivo da resistência aos β-lactâmicos, mediada pela produção de β-lactamases adquiridas, tem ocorrido nesta espécie. Foram testados antimicrobianos de uso clínico preconizados pelo CLSI (Clinical and Laboratory Standard Institute) em 175 cepas isoladas de pacientes com infecção urinária pelo método de Disco-Difusão e a detecção de ESBL (β-lactamases de espectro expandido) pelo método de disco-aproximação. Detectou-se 9 (5,14%) cepas positivas para a produção de ESBL, 52 (29,71%) cepas resistentes a sulfametoxazol-trimetoprim, 11 (6,28%) cepas resistentes a gentamicina e 3 (1,71%) cepas resistentes a ciprofloxacim. Nem sempre os resultados de sensibilidade obtidos in vitro correspondem aos observados in vivo, uma vez que a bactéria em questão apresenta mecanismos de evasão aos antimicrobianos, como por exemplo, incrustação nos cálculos, que podem mascarar a verdadeira susceptibilidade aos mesmos.


Palavras-chave:  CLSI, ESBL, Proteus mirabilis