II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-003


Poster (Painel)
MH-003EPIDEMIOLOGIA MOLECULAR EM ENTEROCOCOS RESISTENTES À VANCOMICINA ISOLADOS DE PACIENTES DE HOSPITAIS DE RIBEIRÃO PRETO-SP
Autores:Leila Priscilla Pinheiro da Silva (FCFRP-USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto) ; Joseane Cristina Ferreira (FCFRP-USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto) ; Roberto Martinez (HCFMRP-USP - Hospital das Clínicas da Faculdade de Med. de Ribeirão Preto) ; Ana Lúcia da Costa Darini (FCFRP-USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto)

Resumo

Introdução: A emergência de resistência à vancomicina, como problema terapêutico em enterococos, foi primeiro documentada na Europa e EUA. Depois disso, o isolamento de enterococos resistentes à vancomicina (VRE) tem sido continuamente reportado em diversas localizações geográficas. Diversos métodos de tipagem molecular são utilizados para estudar a epidemiologia de VREs. O presente trabalho teve como objetivo avaliar, por epidemiologia molecular, os VREs isolados de pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e comparar com isolados da Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto. Além disso, os genes envolvidos na resistência à vancomicina nestas bactérias também foram avaliados. Materiais e Métodos: Os VREs estudados (n= 39) foram isolados entre setembro/2008 a novembro/2009 de pacientes internados no HCFMRP-USP (n= 36; 10 de infecção e 26 de colonização) e na SCMRP (n = 3 de infecção). A resistência à vancomicina foi verificada por microdiluição em caldo (Vitek 2®) e confirmada por Etest. A reação da polimerase em cadeia (PCR), utilizando primers específicos, foi usada para identificar espécies de enterococos e pesquisar genes vanA, vanB e vanC. Os isolados bacterianos foram submetidos à tipagem molecular pela comparação dos fragmentos de DNA cromossômico obtidos pela macrorestrição, dada pela enzima SmaI, após eletroforese em campo pulsados (PFGE) e a análise do perfil eletroforético foi realizada pelo programa Bionumerics. Resultados e Discussão: Dos 39 VREs analisados, 97,44% (n=38) eram E. faecium e 2,56% (n=1) E. faecalis. Houve 100% de concordância entre a identificação por PCR e pelo sistema de automação Vitek 2®. Todos apresentaram CIM para vancomicina >256µg/mL pelo Etest. Todos os VRE estudados apresentaram gene vanA, justificando a resistência à vancomicina. Pela PFGE os isolados do HCFMRP-USP apresentaram três grupos clonais predominantes, como também mostraram similaridade genética com os isolados da Santa Casa. Conclusão: O trabalho mostrou que todos VRE analisados apresentaram fenótipo VanA e gene vanA, esclarecendo a resistência à vancomicina e que pela análise do PFGE houve predominância de três grupos clonais entre os isolados do HCFMRP-USP, havendo também evidências de transmissão horizontal entre os isolados do referido hospital e os da Santa Casa.

 


Palavras-chave:  epidemiologia molecular, PFGE, VRE