II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-004


Poster (Painel)
MH-004Comparação de métodos moleculares para identificação de micobactérias com potencial aplicação em laboratórios clínicos
Autores:Susie Coutinho Liedke (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Letícia Muraro Wildner (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Christiane Lourenço Nogueira (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Sabrina Minatelli (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Simone Senna (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Maria Luiza Bazzo (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)

Resumo

A rápida identificação de espécies de micobactérias é muito importante sob o ponto de vista clínico, porque o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos varia de acordo com a espécie. É crescente a participação das micobactérias denominadas não tuberculosas, tanto na doença pulmonar como na extrapulmonar, especialmente em surtos decorrentes de procedimentos cirúrgicos e como doença oportunista em indivíduos imunossuprimidos. Já foram identificadas mais de 145 espécies. Considerando-se o tempo entre a identificação molecular (horas) e a fenotípica tradicional (semanas) é premente a necessidade de se estudar e padronizar os métodos moleculares para que se tornem acessíveis aos laboratórios clínicos. Atualmente, o Laboratório de Biologia Molecular e Micobactérias – LBMM/CCS/UFSC, utiliza o método molecular MHMA (Ensaio da mobilidade eletroforética de fitas heteroduplas de DNA) já padronizado para a identificação rápida de micobactérias. Esse método tem demonstrado excelente desempenho e alto potencial para implantação em rotinas de laboratórios de saúde pública, que fazem o diagnóstico da tuberculose e das micobacterioses. Entretanto, o LBMM tem como linha o estudo da aplicabilidade de diferentes métodos moleculares capazes de identificar rapidamente a espécie. Por isso, este trabalho teve como objetivo padronizar o método PRA-hsp65 (PCR seguida de análise de restrição) para micobactérias e comparar seu desempenho com a identificação pelo MHMA. Foram incluídas 50 amostras clínicas para padronizar o método PRA-hsp65 e fazer a comparação. Os resultados da identificação pelo PRA-hsp65 e pelo MHMA apresentaram 100% de concordância. Embora seja rápido e de fácil execução, o PRA-hsp65 mostrou algumas limitações. A análise dos produtos de fragmentação, especialmente nas espécies que apresentam produtos de restrição muito semelhantes entre si, pode ser subjetiva. Entretanto, o MHMA tem como limitação a necessidade de grande número de amostras-padrão. A associação dos dois métodos foi implementada na rotina no LBMM para aumentar a possibilidade de identificação das diferentes espécies.


Palavras-chave:  idenficação molecular, MHMA, micobactérias, PRA-hsp65