II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-006


Poster (Painel)
MH-006Pseudomonas aeruginosa resistente à polimixina B
Autores:Letícia Eichstaedt Mayer (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Adriane Regina Veit (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Cláudia Barbisan Kempfer (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Liliana Urdangarin de Sousa (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Magda Cristina Souza Marques Roehrs (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Maisa Kräulich Tizotti (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Rosiéli Martini (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Silvana Oliveira dos Santos (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Tassiane Paz Mielke (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Rosmari Horner (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

O isolamento cada vez mais frequente de Pseudomonas aeruginosa resistente a praticamente todos os antimicrobianos disponíveis comercialmente, tem reintroduzido o uso das polimixinas na prática clínica. Em virtude disso, casos esporáticos de resistência a este antimicrobiano vêm sendo relatados. Noventa cepas de P. aeruginosa, isoladas no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário de Santa Maria, foram testadas pelo método de microdiluição em caldo frente à polimixina comercial (sulfato de polimixina B 500.000UI) e frente ao sal, sulfato de polimixina. As cepas que resultaram perfil intermediário (CIM = 4ug/mL) e/ou resistente (CIM >= 8ug/mL) a pelo menos uma das polimixinas testadas foram, posteriormente, submetidas ao Etest polimixina B (AB Biodisk). A partir da microdiluição em caldo da polimixina comercial, 6 cepas (6,7%) resultaram em CIM = 4 ug/mL (I), e uma (1,1%), CIM >= 8 ug/mL (R). Já o sal da polimixina revelou 3 cepas (3,3%) com CIM = 4ug/mL (I) e 2 (2,2%) com CIM >= 8 ug/mL (R). Das 90 cepas estudadas, 11 foram analisadas através de Etest polimixina B. Destas, 6 (54,5%) apresentaram CIM = 4 ug/mL (I), sendo que uma destas cepas apresentou uma colônia heterorresistente em 24 ug/mL. Além disso, uma cepa (9%) mostrou-se resistente por este método. Associando os três testes aplicados (levando em conta o erro menor), encontramos 6 cepas intermediárias (6,7%) e 3 cepas (3,3%) com perfil resistente à polimixina B. Apesar da maioria dos bacilos Gram-negativos multirresistentes no Brasil ser sensível à polimixina, a resistência devido ao aumento do uso deste antimicrobiano tem se mostrado um problema emergente. Nosso estudo revelou que a resistência à polimixina B está presente em nossa Instituição em níveis maiores do que os encontrados em outras literaturas, nas quais as taxas encontram-se em torno de 1%.


Palavras-chave:  resistência, polimixina, Pseudomonas aeruginosa