II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-005


Poster (Painel)
MH-005Prevalência de cepas MDR em um hospital escola do sul do Brasil
Autores:Letícia Eichstaedt Mayer (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Fábio Teixeira Kuhn (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Maikel Kronbauer (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Marjorie Cornejo Pontelli (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Adenilde Salla (LAC-HUSM - Laboratório de Microbiologia - Hospital Universitário - UFSM) ; Bettina Meneghetti (LAC-HUSM - Laboratório de Microbiologia - Hospital Universitário - UFSM) ; Loiva Ottonelli de Oliveira (LAC-HUSM - Laboratório de Microbiologia - Hospital Universitário - UFSM) ; Nara Lucia Frasson Dal Forno (LAC-HUSM - Laboratório de Microbiologia - Hospital Universitário - UFSM) ; Roselene Alves Righi (LAC-HUSM - Laboratório de Microbiologia - Hospital Universitário - UFSM) ; Rosmari Horner (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

A emergência e a propagação da resistência bacteriana frente aos antimicrobianos têm aumento nos últimos anos e representa um grave problema em nível global. Neste sentido, este estudo objetivou avaliar as taxas de multirresistência no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Durante o período de um mês foram coletadas 152 cepas multirresistentes a antimicrobianos (MDR), isoladas no Laboratório de Análises Clínicas do HUSM. A identificação foi realizada através de automação - MicroScan - Siemens. Os critérios utilizados para a seleção das cepas foram: a detecção de mecanismos de resistência pela metodologia de difusão em disco e/ou sinais de alerta pelo método automatizado. Dentre as cepas estudadas, o gênero bacteriano prevalente foi Staphylococcus coagulase negativos - 55 (36%) e deste, a espécie mais frequente foi S. epidermidis - 30 (55%). Em seguida, destacou-se a família Enterobacteriaceae - 50 (33%), sendo Klebsiella pneumoniae, Enterobacter cloacae e E. coli as espécies mais frequentes. Na sequência, foram isolados os bacilos Gram-negativos não fermentadores (BGN-NF) - 33 (22%), prevalecendo a espécie Pseudomonas aeruginosa - 23 (70%). S. aureus representou 9% dos isolamentos. As cepas MDR distribuíram-se principalmente entre os seguintes setores hospitalares: UTI adulto (21%), ambulatório (17%), pronto socorro (15%), unidades pediátricas (incluindo UTIs neo e pediátricas) (13%) e unidades cirúrgicas (11%). Os principais mecanismos de resistência detectados foram: MRSA/MRS - 64 (42%); AmpC - 38 (25%); ESBL - 17 (11,2%); resistência às quinolonas - 9 (6%) e cepas MDR sem mecanismo específico - 24 (15,8%). Neste estudo evidenciamos que, apesar do grande número de isolamentos de enterobactérias e de BGN-NF, os cocos Gram-positivos continuam destacando-se como os microrganismos multirresistentes mais isolados e, consequentemente, MRSA/MRS o mecanismo mais detectado. Além disso, verificamos que as cepas estudadas foram provenientes especialmente de unidades nas quais há presença de pacientes críticos. Concluímos que os dados apresentados neste estudo mostram taxas elevadas de cepas MDR no HUSM o que concorda com as taxas encontradas em outros hospitais brasileiros.


Palavras-chave:  multirresistência, MRSA/MRS, AmpC, UTI