Resumo

E. coli patogência são as bactérias mais associadas a infecções do trato urinário (ITUs) tanto em humanos como em “pets “. Cepas de E. coli que são associadas à ITUs são comumente denominadas UPEC, embora exista evidências de que possam existir diferentes patótipos ligados à elas A transmissão de cepas de E. coli patogênica apresenta um risco tanto para humanos como para animais e pode acontecer em ambas as direções. Características fenotípicas encontradas em testes bioquímicos regulares podem ser úteis para se caracterizar em detalhes esses isolados. Objetivou-se determinar as características de possíveis marcadores fenotípicos, comparando-os com os genes de virulência e os agrupamentos obtidos da relação molecular estabelecida pela ERIC-PCR das cepas de E. coli isoladas do trato urinário de cães com cistite. Treze cepas de Escherichia coli isoladas de cães com ITUs foram submetidas a vários testes bioquímicos, sorologia para antígenos O e H e teste de resistência à antimicrobianos (para calcular o índice de resistência múltiplas a antibióticos – MAR). A presença dos genes pap, sfa, e afa foi avaliada por PCR. Uma relação genética foi estabelecida usando-se ERIC-PCR. Entre os cinco agrupamentos que foram encontrados através de ERIC-PCR, um agrupamento (A) teve somente uma cepa a qual pertenceu a um sorotipo que tem potencial zoonótico (O6:H31) e mostrou o genótipo pap+, sfa+, afa-. Cepas com o genótipo pap­-, sfa+, afa- foram encontradas em dois outros agrupamentos (C e D) enquanto nos agrupamentos B e E todas as cepas possuíam o genótipo pap-, sfa-, afa-. A fermentação da sacarose e a rafinose foram os testes que tiveram melhor capacidade de diferenciação (discriminando os agrupamento A, B e C dos agrupamentos D e E) e portanto tem o potencial de diferenciar cepas de E. coli com base em propriedades bioquímicas. A sacarose e a rafinose têm o potencial de atuarem como biomarcadores de E. coli isolada de cães com ITU.