II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-047


Poster (Painel)
MH-047RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS ENTRE DE Streptococcus agalactiae ISOLADAS DE QUADROS DE COLONIZAÇÃO E INFECÇÃO EM GESTANTES E NEONATOS
Autores:Viviane Carvalho Souza (UFF - Depto. Microbiologia e Parasitologia / Instituto Biomédico) ; Fabíola C. O. Kegele (FIOCRUZ - Instituto Fenandes Figueira) ; Rosana Rocha Barros (UFF - Depto. Microbiologia e Parasitologia / Instituto Biomédico)

Resumo

Streptococcus agalactiae ou estreptococo do grupo B (EGB) constitui um importante agente de infecção em gestantes, puérperas e recém-natos (RN). A colonização dos tratos intestinal e genitourinário de gestantes, além de propiciar a ocorrência de infecções urinárias, dentre outras, é o principal fator de risco para a infecção no RN, sendo a sepse, a pneumonia e a meningite as principais manifestações associadas. A detecção de gestantes colonizadas durante as 35-37a semanas tornou-se o ponto central de estratégias quimioprofiláticas que visam a prevenção da infecção neonatal, onde a penicilina é o antimicrobiano de escolha, e os macrolídeos a terapia alternativa nos casos de alergia a beta-lactâmicos. A resistência de EGB às drogas alternativas tem sido relatada em vários países nos últimos anos. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos e investigar, por metodologias baseadas em PCR, os determinantes genéticos de resistência aos macrolídeos e a relação genética entre as cepas que expressam tal característica. Foram 108 cepas de EGB isoladas de quadros de colononização e de infecção em gestantes e neonatos, residentes na região metropolitanta do Rio de Janeiro. As cepas foram identificadas nos locais de origem e confirmadas pelos teses de CAMP e hidrólise do hipurato. O teste de susceptibilidade a antimicrobianos foi realizado pelo método de difusão em agar, conforme recomendações internacionais. Foi observada sensibilidade à penicilina, ceftriaxona, clindamicina, levofloxacina e vancomicina. A resistência à tetraciclina foi observada em 92 cepas, e seis apresentaram-se intermediárias. Foi observada resistência à eritromicina em cinco cepas, com expressão do fenótipo MLSB indutivo e presença do gene ermA. Por RAPD-PCR observou-se dois perfis genéticos predominantes entre as cepas resistentes aos macrolídeos. Os resultados demonstram a necessidade do monitoramento regional contínuo da susceptibilidade aos antimicrobianos recomendados para a prevenção e tratamento das infecções causadas por EGB.  


Palavras-chave:  Infecção neonatal, Resistência a antimicrobianos, Streptococcus agalactiae