II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-011


Poster (Painel)
MH-011FREQUÊNCIA E PERFIL DE RESISTÊNCIA DOS AGENTES ETIOLÓGICOS DE INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO EM PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL GERAL UNIVERSITÁRIO (HGU) CUIABÁ-MT.
Autores:Evelin Rodrigues Martins (UNIC - Universidade de CuiabáHGU - Hospital Geral Universitário) ; Fabiana Braga Barbosa Costa (UNIC - Universidade de Cuiabá) ; Olívia Cometti Favalessa (UNIC - Universidade de CuiabáHGU - Hospital Geral Universitário) ; Doracilde Terume Takahara (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) ; Diniz Pereira Leite Junior (HGU - Hospital Geral Universitário) ; Ana Caroline Akemy Yamamoto (HGU - Hospital Geral Universitário) ; Rosane Christine Hahn (UNIC - Universidade de CuiabáUFMT - Universidade Federal de Mato GrossoHGU - Hospital Geral Universitário)

Resumo

Introdução: Por tratar-se de uma infecção de grande impacto nosocomial, as infecções do trato urinário (ITU) encontram-se no grupo de patologias frequentemente diagnosticadas em pacientes com hospitalizações prolongadas. Objetivo: Avaliar a distribuição dos agentes etiológicos de ITU em pacientes internados em diferentes serviços (clínicas: cirúrgica, médica, pediatria, transplante de medula óssea e unidades terapia intensiva / coronariana, geral e neonatal) em um hospital universitário, bem como verificar o perfil de resistência aos antimicrobianos. Metododologia: Os dados obtidos foram coletados, retrospectivamente, dos arquivos do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Geral Universitário no período de janeiro a julho de 2009. Foram consideradas positivas todas as amostras com crescimento igual ou superior a 100.000 UFC. Dentre as 1000 amostras de urina estudadas de pacientes internados no HGU, 155 (15%) apresentaram resultado positivo e 845 (85%) resultados negativos. Com relação aos antibiogramas dos microrganismos estudados, foi analisado o perfil de resistência aos antibióticos somente das espécies com maior ocorrência nas unidades de internação. Resultados: Os agentes etiológicos mais frequentes foram: Escherichia coli 36%, Klebsiella pneumoniae 23%, Bacilos Gram negativos não fermentadores (BGNÑF) com 17%, Candida spp. 14% e outros 10%. As principais espécies de BGNÑF encontrados foram: Pseudomonas aeruginosa 72%, Acinetobacter baumannii 12%, Chryseobacterium indologenes 8%, complexo Burkholderia cepacia 4% e Sthenotrophomonas maltophilia 4%. Quanto à susceptibilidade aos antimicrobianos das principais enterobactérias analisadas a Klebsiella pneumoniae apresentou resistência ao aztreonam e ceftriaxone 15,5%; cefepime, sulfametoxazol+trimetoprim e piperacilina+tazobactam 14%; amicacina 9% e ciprofloxacino 5%. Já Escherichia coli exibiu resistência ao sulfametoxazol+trimetoprim 18.3% ciprofloxacino 11%; piperacilina+tazobactam 6%; aztreonam, cefepime e ceftriaxone 4,6%. Dentre os BGNÑF a Pseudomonas aeruginosa exibiu resistência ao ciprofloxacino 54%; ceftazidima 46%; imipenem 42%; amicacina 38%; piperacilina+tazobactam 30% e aztreonam 15%. Conclusão: Diante da importância das infecções urinárias hospitalares, ressaltamos a necessidade de direcionamento à vigilância epidemiológica e controle destas infecções para minimizar as taxas de resitência aos antimicrobianos.


Palavras-chave:  Antimicrobianos, Infecção trato urinário, Resistência Bacteriana