II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-006


Poster (Painel)
MH-006Etiologia das infecções hospitalares em UTI clínico-cirúrgica
Autores:Valéria Cassettari Chiaratto (CCIH/HU-USP - CCIH - Hospital Universitário - Universidade de São Paulo) ; Ana Cristina Balsamo (CCIH/HU-USP - CCIH - Hospital Universitário - Universidade de São Paulo) ; Isa Rodrigues da Silveira (CCIH/HU-USP - CCIH - Hospital Universitário - Universidade de São Paulo) ; Fábio Franco (CCIH/HU-USP - CCIH - Hospital Universitário - Universidade de São Paulo) ; Stella Maria Guida (SLC/HU-USP - Serviço de Laboratório Clínico - Hosp. Universitário - USP) ; Marina Baquerizo Martinez (SLC/HU-USP - Serviço de Laboratório Clínico - Hosp. Universitário - USP)

Resumo

INTRODUÇÃO: O conhecimento da epidemiologia local é necessário para melhor orientação das medidas de prevenção e de tratamento empírico das infecções hospitalares.

OBJETIVOS: Verificar as topografias e agentes mais frequentes nas infecções hospitalares em uma UTI de adultos em hospital de nível de atendicmento secundário.

MÉTODO: Realizamos análise dos dados epidemiológicos referentes às infecções hospitalares ocorridas em UTI clínico-cirúrgica de adultos de 12 leitos, no período de 2005 a 2009. Os dados foram obtidos por vigilância ativa das infecções hospitalares, armazenados e e analisados no programa Excel.

RESULTADO: Foram identificadas 732 infecções hospitalares na UTI de adultos nesse período de 5 anos. A topografia mais frequente foi pneumonia (296 casos, 40% do total) seguida de trato urinário (22%). Quanto à etiologia, identificaram-se 2 ou mais patógenos em 56 infecções e um único patógeno em 401 infecções. Permaneceram sem etiologia identificada 275 infecções (38%). No total, foram identificados 522 patógenos. Os materiais em que houve maior frequência de identificação do patógeno foram: urina (30% das identificações), secreção traqueal quantitativa (18%), lavado bronco-alveolar (17%), sangue isoladamente (13%), ponta de cateter isoladamente (6%) e sangue concomitante a ponta de cateter (5%). Foram identificados 32 diferentes patógenos, sendo os mais frequentes: Acinetobacter baumannii (18% dos isolados), Staphylococcus aureus (16%), Pseudomonas aeruginosa (15%), Candida albicans (9%), Candida tropicalis (5%) e Escherichia coli (5%). A. baumannii causando pneumonia associada a ventilação mecânica foi a situação identificada com maior frequência (8% do total de infecções).

CONCLUSÃO: Medidas de prevenção de pneumonia são prioritárias nesta UTI de adultos, não apenas pela morbi-mortalidade associada mas também pela sua elevada frequência. A identificação do agente etiológico ocorreu na maioria das infecções hospitalares. Bacilos Gram negativos são responsáveis pela maior parte das infecções com agente detectado, portanto a escolha do tratamento empírico deve ser dirigida por informações sobre a sensibilidade dessas bactérias no período mais recente.

 


Palavras-chave:  epidemiologia, etiologia, infecção hospitalar, unidade de terapia intensiva