II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-004


Poster (Painel)
MH-004Redução da sensibilidade antimicrobiana dos Gram negativos na infecções hospitalares em UTI de adultos: período de 5 anos.
Autores:Valéria Cassettari Chiaratto (CCIH/HU-USP - CCIH - Hospital Universitário - Universidade de São Paulo) ; Ana Cristina Balsamo (CCIH/HU-USP - CCIH - Hospital Universitário - Universidade de São Paulo) ; Isa Rodrigues da Silveira (CCIH/HU-USP - CCIH - Hospital Universitário - Universidade de São Paulo) ; Fábio Franco (CCIH/HU-USP - CCIH - Hospital Universitário - Universidade de São Paulo) ; Lilian Ferri Passadore (SLC/HU-USP - Serviço de Laboratório Clínico - Hosp. Universitário - USP) ; Marina Baquerizo Martinez (SLC/HU-USP - Serviço de Laboratório Clínico - Hosp. Universitário - USP)

Resumo

INTRODUÇÃO: Conhecer a evolução da resistência bacteriana permite estabelecer com maior racionalidade o tratamento empírico no momento atual.

MÉTODO: Analisamos os dados microbiológicos das infecções hospitalares ocorridas em UTI de adultos nos anos 2005 a 2009. Os dados foram armazenados e analisados no programa Excel.

RESULTADO: Identificaram-se 732 infecções hospitalares na UTI de adultos . Das culturas de materiais representativos foram obtidos 522 isolados de bactérias ou fungos. Os Gram negativos representaram 56% do total de isolados. Obtiveram-se 93 isolados de A. baumannii, 79 de P. aeruginosa, 26 de E. coli, 20 de E. cloacae, 17 de K. pneumoniae, sendo esses agentes 80% dos isolados Gram negativos. Houve tendência contínua de redução da sensibilidade dos Gram negativos aos principais antimicrobianos, exceto quanto a A. baumannii em relação a gentamicina, que aumento a sensibilidade de 33% em 2005 para 75% em 2009. As demais alterações mais relevantes foram redução da sensibilidade de A. baumannii a imipenem (de 100% em 2005 para 29% em 2009) e redução da sensibilidade de K. penumoniae e E. coli a ciprofloxacina (de 88% em 2005 para 20% em 2009). P. aeruginosa não teve mudança importante no perfil de sensibilidade nesses 5 anos.

CONCLUSÃO: Diante do panorama de multirresistência, é cada vez mais necessário analisar os dados microbiológicos locais para adaptar a orientação da antibioticoterapia empírica. Nesta UTI verificamos que as opções de tratamento empírico são escassas e com baixa margem de segurança, tanto pelo espectro reduzido como pelos efeitos colaterais previstos. A partir dos dados microbiológicos de 2009, foram considerados aceitáveis para infecções hospitalares graves o uso em´pírico de polimixina ou associação de imipenem a gentamicina.

 


Palavras-chave:  antimicrobianos, Gram negativos, infecção hospitalar, multirresistência, unidade de terapia intensiva