II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-002


Poster (Painel)
MH-002Quando e Como Valorizar Culturas de Urinas Polimicrobianas no Laboratório de Microbiologia Clínica
Autores:Alessandro Conrado de Oliveira Silveira (FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau) ; Fábio Daniel Furtado (LBSC - Laboratório Bioclínico Santa Catarina LTDA) ; Bárbara Pereira Albini (NEWPROV - Newprov - Produtos para Laboratório) ; Helena Aguilar Peres Homem de Mello de Souza (UFPR - Hospital das Clínicas - Seção de Bacteriologia) ; Carlos Augusto Albini (NEWPROV - Newprov - Produtos para Laboratório)

Resumo

Introdução: Na maioria dos laboratórios de Microbiologia considera-se como contaminação uma cultura de urina com mais de um morfotipo colonial, ignorando-se o desenvolvimento ou solicitando-se novo material. Raramente o isolado é considerado significativo. Objetivos: Com a finalidade de estudar as infecções urinárias polimicrobianas, no período de agosto de 2003 a janeiro de 2004, na cidade de Tubarão, Santa Catarina, foram selecionadas 117 amostras de urina de pacientes internados no Hospital Nossa Senhora da Conceição, de ambos os sexos, com idades variando de 14 a 98 anos. Métodos: Realizou-se uma análise minuciosa dos prontuários dos pacientes. Procedeu-se o Gram da gota de urina não centrifugada e a cultura com alça calibrada de 1 ou 10 microlitros em ágar CLED. Todas as culturas foram repetidas com nova coleta de urina com supervisão direta. Os clínicos aguardaram a segunda coleta (confirmatória) para iniciar a antibioticoterapia. Descartaram-se os pacientes que iniciaram a antibioticoterapia imediatamente após a primeira coleta ou que estavam utilizando antimicrobianos. Resultados: Na análise das 117 amostras de urina, foram encontradas 47 amostras (47/117, 40.2%) com crescimento bacteriano. Nove amostras (9/47, 19,5%) apresentaram crescimento misto. Em 3 amostras (3/47, 6.4%) o desenvolvimento teve origem de contaminação, pois o confrontamento do resultado das culturas não foi satisfatório, havendo discrepância no crescimento bacteriano das amostras coletadas. Em 6 amostras (6/47, 12,8%) (6/117, 5,2%) foi confirmada a presença de microbiota mista bacteriana. Os resultados foram compatíveis com as indicações clínicas. Conclusão: É importante ressaltar a correlação entre os achados laboratoriais e as indicações clínicas dos pacientes. Recomenda-se avaliar criteriosamente isolados polimicrobianos em amostras de urina, sejam ambulatoriais ou hospitalares.


Palavras-chave:  Infecção urinária polimicrobiana, Gram de urina não centrifugada, Urocultura polimicrobiana, Infecções urinárias complicadas, Cateterismo urinário