II Simpósio Internacional de Microbiologia Clínica
Resumo:MH-003


Poster (Painel)
MH-003Análise da presença de fungos filamentosos patogênicos nas águas utilizadas nos consultórios odontológicos da rede pública estadual de Alagoas
Autores:Guacyra Machado Lisboa (UFAL-ICBS - Universidade Federal de AlagoasLACEN - AL - Laboratório Central de Saúde Pública) ; Eurípedes Alves da Silva Filho (UFAL-ICBS - Universidade Federal de Alagoas) ; Telma Pinheiro (LACEN - AL - Laboratório Central de Saúde Pública) ; Mirelly Marina de Souza Vieira (UFAL-ICBS - Universidade Federal de Alagoas) ; Elaine Cristina E Silva (UFAL-ICBS - Universidade Federal de Alagoas) ; Iara Maria Silva Fonseca (UFAL-ICBS - Universidade Federal de Alagoas) ; Rosana Kézia de Oliveira Santos (UFAL-ICBS - Universidade Federal de Alagoas) ; Aryanna Kelly Pinheiro Sousa (UFAL-ICBS - Universidade Federal de Alagoas) ; Krystianelly Patrícia Pedrosa Santa Rita (UFAL-ICBS - Universidade Federal de Alagoas) ; Luana Luzia Santos Pires (UFAL-ICBS - Universidade Federal de Alagoas)

Resumo

O aumento nas últimas décadas, da incidência de doenças transmissíveis graves, exigiu do profissional de saúde uma maior conscientização sobre os riscos de contaminação durante a realização de sua rotina de trabalho. A exposição de pacientes e da equipe odontológica aos microrganismos presentes nas águas das unidades dentais continua sendo comum nos serviços odontológicos públicos ou privados. Aerossóis altamente contaminados, gerados quando do acionamento das turbinas de alta rotação e de seringas tríplices, permanecem um problema de difícil solução. Os fungos são conhecidos como causadores de enfermidades disseminadas, endocardites, infecções pulmonares, ceratites entre outras, em pacientes imunodeprimidos. As portas de entrada no hospedeiro são as vias aéreas superiores ou quebra na barreira epidérmica após traumatismos com objetos perfuro-cortantes. O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade da água dos equipamentos odontológicos da rede pública estadual de Alagoas avaliando estas águas como possível fonte de fungos filamentosos, potencialmente patogênicos. Foram coletados 100 mL de água, em 5 pontos: seringa tríplice, caneta de alta rotação com a caneta de alta rotação acoplada as mangueiras, mangueiras do alta rotação sem a caneta de alta rotação acoplada, reservatório de água e do local onde era abastecido o reservatório; de 6 consultórios odontológicos; em tubos de boca larga, estéreis e contendo no seu interior uma pastilha de tiossulfato de sódio a 10%, para a neutralização do cloro residual, totalizando 30 amostras. Volumes de 0,1 mL da amostra pura e da diluição 10-1 foram semeados em duplicata (n=120), em Agar Sabouraud dextrose adicionado de cloronfenicol e amplicilina, 50mg/L de cada, incubados a 28 °C durante o período de 4 a 6 dias. Após, as placas foram submetidas à contagem com o auxílio de um contador de colônias, e os resultados foram expressos em unidade formadora de colônia por mililitro (UFC/mL). Foram isolados fungos filamentosos em 21 das 30 amostras, perfazendo um total de 70%. 16 gêneros e 212 UFC de fungos filamentosos foram isolados das águas das unidades dentais. A grande quantidade e diversidade encontradas de isolados de fungos filamentosos potencialmente patogênicos demonstram que a análise micológica periódica das águas utilizadas nos procedimentos odontológicos é de suma importância na prevenção contra infecções.


Palavras-chave:  Água, Contaminação, Infecção