Sudeste deve enfrentar surto de febre zika entre março e abril

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Vista aérea de São Paulo: intensificação das chuvas no começo do ano deve favorecer proliferação do Aedes aegypti

Equipe Micro in Foco

Nesses meses, a população do mosquito transmissor atinge seu auge na região

A região Sudeste, uma das menos afetadas pelos surtos de febre zika e de microcefalia no Brasil, deve enfrentar uma explosão do número de casos entre março e abril, meses em que a população de mosquitos Aedes aegypti atinge seu pico nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. É no que apostam os cientistas que trabalham na força-tarefa criada para combater o zika vírus no Brasil, formada por 40 laboratórios e cerca de 300 profissionais. “O que vai acontecer eu não sei, mas estamos nos preparando para um surto massivo”, afirmou ao jornal O Estado de São PauloPaolo Zanotto, virologista do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e coordenador da força-tarefa.

Nessa preparação, uma das armas do grupo é o apoio recebido de pesquisadores do Instituto Pasteur, de Dakar, no Senegal, que vão colaborar com os cientistas brasileiros no desenvolvimento de um método de diagnóstico para detecção mais rápida do zika vírus. Com experiência em grandes surtos na África, como a epidemia de ebola, eles dizem já contar com uma versão experimental de teste rápido, capaz de identificar não só o zika, mas também os vírus da dengue e da febre amarela em até 20 minutos. Esses exames seriam especialmente úteis nas regiões mais carentes ou isoladas do Brasil, pois permitem fazer o diagnóstico sem a necessidade de envio do material coletado para laboratórios centrais. Mas ainda pode levar alguns meses até o teste ficar disponível comercialmente.

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