Novos métodos para detecção de fungos na indústria de Alimentos serão tema de mesa-redonda em Congresso

Alimentos-Anti-inflamatórios

O XXVIII Congresso Brasileiro de Microbiologia, que acontece em Florianópolis entre 18 e 22 de outubro, trará uma mesa-redonda sobre Métodos pata Detecção de Fungos e Micotoxinas em Alimentos, com destaque para as novas tecnologias desenvolvidas para este fim, tais como biologia molecular via PCR multiplex para reconhecimento de espécies de Aspergillus; técnica de MaldiTof/MS para detecção de micotoxinas e aplicação da nanotecnologia para identificação de aflatoxinas. Micro in foco falou sobre o assunto com a pesquisadora Lidiane Cruz, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, uma das debatedoras do tema durante o evento.

Entrevista

Qual o uso dos fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium na indústria alimentícia?

Trata-se de dois gêneros de fungos com ampla aplicação na indústria de alimentos. Ambos produzem enzimas como xilanases, celulases, proteases e tanases, aplicadas na fabricação de sucos de frutas e chás. Aspergillus é excelente produtor de ácidos e vitaminas. Penicillium é bastante utilizado na fabricação de queijos, como camembert, gorgonzola e o roquefort, dentre outros produtos.

Como a indústria se beneficia do aperfeiçoamento dos métodos para de detecção de fungos e micotoxinas em alimentos?

Para a fabricação de produtos alimentícios, precisa-se de micro-organismos considerados geralmente como seguros – ou GRAS, do inglês Generally Regarded as Safe – ou seja, não produtores de micotoxinas. Para isso, métodos rápidos e mais baratos de detecção de micotoxinas produzidas por micro-organismos são necessários.

Quais as principais novidades tecnológicas nessa área?

Minha fala será concentrada nos resultados preliminares de estudos realizados em nosso grupo de pesquisa, para a identificação de micotoxinas produzidas por Aspergillus e Penicillium através de Maldi – TOF MS e de HPLC. A técnica do Maldi – TOF MS apresenta-se como promissora para a detecção rápida de tais metabólitos produzidos por fungos, além do baixo custo por análise. Entretanto, trata-se de um estudo preliminar, necessitando ainda de uma avaliação mais criteriosa do método, com o intuito de obter maior precisão dos resultados.