Depois de Angola e Uganda, Congo enfrenta epidemia de febre amarela

febre_amarela_congo

Margaret Chan, diretora-geral da OMS: objetivo da recomendação de repartir doses do imunizante é evitar esgotamento dos estoques caso haja surtos simultâneos

Crédito foto: WHO/L. Cipriani

Para que estoques da vacina contra a doença durem mais, a Organização Mundial de Saúde tem incentivado o fracionamento das doses, de modo a garantir a imunidade por um ano

O governo da República Democrática do Congo anunciou, em junho, que três províncias do país foram acometidas de uma epidemia de febre amarela. Segundo o ministro da Saúde do país, Felix Kabange, já foram registrados 67 casos da doença, com cinco mortes, em Kinshasa, Congo Central e Cuango. Do total de ocorrências, sete são autóctones. Os demais pacientes teriam contraído a febre amarela em Angola, onde o surto começou. Para as autoridades congolesas, a capital, Kinshasa, é o principal motivo de preocupação, por concentrar uma população de 12 milhões de pessoas e ter infraestrutura precária.

Com os surtos em Angola, Uganda e agora no Congo, o estoque global de vacinas contra a febre amarela já foi esgotado duas vezes neste ano. Para que os seis milhões de doses restantes durem mais, a Organização Mundial de Saúde tem incentivado o fracionamento da vacina, de modo a garantir a imunidade por um ano – e não 10, como ocorre com a dose convencional. A ideia é evitar que as vacinas acabem caso haja surtos simultâneos em áreas densamente povoadas, onde a recomendação é realizar campanhas de vacinação em massa. Em Angola, já são mais de 3.100 casos suspeitos desde dezembro, com 345 mortes.

Leia mais em: