Casos de microcefalia avançam no Brasil

De janeiro a meados de abril, houve 7.150 casos suspeitos de microcefalia no país. Desses, 3.741 permanecem sob investigação e 1.168 foram confirmados

O Brasil alcançou em abril a marca de 91.387 casos prováveis de zika em 2016 – uma taxa de incidência de 44,7 casos a cada 100.000 habitantes. Foi o que revelou o mais recente Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Febre Chikungunya e Febre pelo vírus Zika, do Ministério da Saúde, divulgado em 27 de abril. Desse total, 31.616 ocorrências já foram confirmadas.

Os registros de zika estão distribuídos por 1.359 dos 5.570 dos municípios brasileiros, mas a região Centro-Oeste foi a que apresentou o maior número de notificações proporcionalmente: foram 113,4 para cada 100.000 habitantes. Já a lista dos estados brasileiros com maior incidência de zika é encabeçada por Mato Grosso (491,7 casos/100.000 hab.); Tocantins (190,9 casos/100.000 hab.); Bahia (164,8 casos/100.000 hab.) e Rio de Janeiro (156,7 casos/100.000 hab.)

Só entre as gestantes foram 7.584 registros de zika, sendo que 2.844 foram confirmadao por critérios clínico-epidemiológicos ou laboratoriais. O mais novo boletim de Monitoramento de Casos de Microcefalia, também do Ministério da Saúde, aponta que, de janeiro a meados de abril, houve 7.150 casos suspeitos de microcefalia. Desses, 3.741 permanecem sob investigação e 1.168 foram confirmados.

As notificações microcefalia estão espalhadas por 1.348 municípios, dos quais 919 estão no Nordeste, 202 no Sudeste, 95 no Norte, 74 no Centro-Oeste e 58 no Sul. De acordo com o levantamento, já são 240 óbitos relacionados à microcefalia no Brasil.