Brasil e Estados Unidos vão cooperar para acelerar vacina contra o zika vírus

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Imunização contra o zika: a expectativa é de que uma vacina contra o vírus só esteja disponível num prazo mínimo de três anos

Crédito foto: Dreamstime

Mesmo assim, prazo mínimo estimado para contar com o imunizante é de três anos

Um grupo de pesquisa formado por cientistas brasileiros e americanos será criado para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus. A deliberação veio após uma conversa telefônica entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a presidenta Dilma Rousseff. A ideia é cooperar para produzir não só o imunizante, mas também outras ferramentas diagnósticas e terapêuticas contra o vírus.

A base para a parceria será a cooperação já existente entre o Instituto Butantan e os National Institutes of Health (NIH) para o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Dilma e Obama também acertaram que o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro, e o Departamento de Saúde dos Estados Unidos mantenham contato para dar andamento ao acordo bilateral na área. Como primeiro passo da parceria, uma delegação do Instituto Evandro Chagas viaja já neste mês rumo à Universidade do Texas, para troca de informações com os colegas americanos.

Apesar da união de forças, a expectativa é de que uma vacina contra o zika vírus só esteja disponível num prazo mínimo de três anos. “Normalmente, vacinas podem levar até 10 anos para serem desenvolvidas. Mas, com esse esforço conjunto, estamos falando de um tempo 30%, 40% ou 50% inferior. Podemos talvez falar num universo de três anos para ter uma vacina desenvolvida”, afirma Jarbas Barbosa, presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e chefe da delegação brasileira nas reuniões da Organização Mundial de Saúde.

Antes mesmo da conversa com a presidente Dilma, Barack Obama havia convocado uma reunião com integrantes da área de Saúde e Segurança Nacional onde cobrou que a equipe acelerasse as pesquisas em prol de vacinas e tratamentos contra a febre zika, como forma de evitar a ocorrência de casos de microcefalia associados à doença. Até o momento, há 31 casos de febre zika em 11 estados do território americano.

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