Resumo

INTRODUÇÃO A produção de ácido lático por via fermentativa vem sendo avaliada nos últimos anos devido ao seu grande potencial de utilização pelas indústrias verdes. Uma grande demanda para esta produção é a substituição dos plásticos de origem petroquímica por biopolímeros biodegradáveis a fim de se reduzir o impacto ambiental vigente. Normalmente o ácido lático é produzido pela ação fermentativa de um grupo específico de organismos, cocos ou bacilos anaeróbios aerotolerantes. Dois processos estão envolvidos, a fermentação homolática onde 2 mols de lactato são gerados a partir de 1 mol de glicose e a heterolática onde o lactato, etanol e/ou acetato e CO2 são produzidos em quantidades equimolares. No entanto, este grupo das bactérias é exigente quanto às condições de crescimento. Os açúcares são a principal fonte de carbono, mas há a necessidade de suplementação de aminoácidos, vitaminas e sais minerais, para uma boa produção do ácido. Um fator crucial é o controle do pH nas fermentações, uma vez que o ácido produzido deve ser neutralizado a fim de se preservar o processo. Esse trabalho teve como objetivos avaliar e quantificar a produção de ácido lático a partir de isolados de amostras de alimentos deteriorados visando sua produção. MATERIAL E MÉTODOS As bactérias foram isoladas e purificadas em meio MRS sólido. As fermentações foram conduzidas padronizando o inoculo (0,08 a 1,0 625nm), à 35 ± 2°C por 96hs. Meios fermentativos MRS, MRS modificado (40% de glicose). O ácido lático produzido foi quantificado por lactímetro e Cromatografia (HPLC), dosagem da glicose pelo método do ADNS e o pH ajustado com NaOH (3M) durante os experimentos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Dentre as 24 bactérias isoladas 6 apresentaram melhores resultados, com produção média de ≥ 17 g l^-1 e rendimento de 40%. Foi observado que o controle do pH é um fator importante e quando suplementado com cloreto de amônio este promove aumento do log e 2% na concentração do ácido 18,9 g l^-1. CONCLUSÃO Sendo as bactérias isoladas de fontes ambientais seu rendimento pode ser melhorado otimizando condições de cultivo: buscar novas fontes de carbono e nitrogênio, vitaminas, ajuste do pH e temperatura.