Poster (Painel)
871-3 | Glucanas produzidas por Lasiodiplodia theobromae | Autores: | Kassandra Oliveira Oliveira (UNESP - Universidade Estadual Paulista - Campus Rio Claro / UNESP - Universidade Estadual Paulista-Campus Assis) ; Mirela Dibastiani (UNESP - Universidade Estadual Paulista - Campus Rio Claro / UNESP - Universidade Estadual Paulista-Campus Assis) ; Tania Sila Campioni (UNESP - Universidade Estadual Paulista-Campus Assis) ; Guilherme Lanzi Sassaki (UFPR - Universidade Federal do Parána) ; Marcelo Iacomini (UFPR - Universidade Federal do Parána) ; Lucimara Mach Cortes Cordeiro (UFPR - Universidade Federal do Parána) ; Valéria Marta Gomes de Lima (UNESP - Universidade Estadual Paulista - Campus Rio Claro / UNESP - Universidade Estadual Paulista-Campus Assis) |
Resumo INTRODUÇÃO
-(1→3)-Glucanas são provavelmente as biomoléculas mais fascinantes para a glicociência, como evidenciado pelo crescente numero de publicações. Estudos recentes indicam que essas moléculas apresentam efeitos terapêuticos in vitro e in vivo, em animais e humanos. Todas as aplicações potenciais relatam o fato que -(1→3)-Glucanas aumentam a resposta imune.
Neste trabalho, buscou-se classificar os exopolissacarídeos produzidos pela fermentação submersa do fungo Lasiodiplodia theobromae.
MATERIAIS E MÉTODOS
O fungo foi mantido em placas de Meio Vogel Ágar. Duas esferas foram retiradas das placas (incubadas por 5 dias a 28°C) e usadas como pré-inóculo (meio Vogel, 0.05% glicose), que foi mantido a 28°C por 48h a 180 rpm. 1 mL de pré-inóculo foi usado para cada 50 mL de meio de produção (meio Vogel, 5% de sacarose), mantido a 28°C por 96 horas. O caldo de cultivo foi centrifugado e ao caldo sem células foram adicionados 3 volumes de etanol. O EPS foi separado por filtração, seco sob baixa pressão, dialisado em membrana de 10KDa e purificado por gelo e degelo. As frações obtidas foram chamadas de SEPS (fração solúvel) e PEPS (insolúvel).
A fração SEPS foi submetida à ultrafiltração em membrana de 0,05μm e fracionada em SEPSR (retida) e SEPSS (eluida na membrana).
A fração PEPS foi submetida a degradação controlada de Smith.
Alditóis acetato das frações foram obtidos (hidrólise por TFA; redução por boroidreto de sódio, NaBH4; e acetilação com anidrido acético) e analisados em cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massa.
Os espectros de RMN foram realizados em espectrômetro BRUKER, 400MHz.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
De cada grama de EPS obtido 43mg correspondem à fração SEPSR, 212mg correspondem a fração SEPSE e 610mg correspondem à fração PEPS.
Todas as frações são compostas de glicose de acordo com a análise de composição dos alditol acetatos.
O espectro de RMN de 13C da fração PEPS apresentou espectro típico de uma -(1→3; 1→6)-Glucana. Após degradação de Smith da fração PEPS, o material degradado apresentou espectro de RMN de 13C de uma -(1→3)-Glucana, comprovando substituição no carbono 6 (sinais: 103.2 de carbono 1 de glicose ligado e 86.4 de carbono 3 de glicose ligado).
O espectro de RMN de 13C das frações SEPSR e SEPSE apresentaram espectro típico de -(1→6; 1→3)-Glucana.
CONCLUSÃO
As frações de polissacarídeo obtidas da fermentação de Lasiodiplodia theobromae são uma -(1→3; 1→6)-Glucana e uma -(1→6; 1→3)-Glucana. Em massa, as frações SEPSE, SEPSR e PEPS correspondem a 20, 4, e 61% do EPS produzido por Lasiodiplodia theobromae. Palavras-chave: Glucana, Fermentação fungica, Exopolissacarideos |