Poster (Painel)
535-1 | Estudo da capacidade de descoloração de corantes têxteis por fungos do gênero Pleurotus. | Autores: | Maria Isabel Rocha (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) ; Ana Cristina Peruzzo (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) ; Marcela Correa (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) ; Sandra Aparecida Furlan (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) ; Mariane Bonatti Chaves (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) ; Elisabeth Wisbeck (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) ; Regina Maria Miranda Gern (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) |
Resumo Efluentes gerados pela indústria têxtil contêm corantes de difícil degradação. Fungos do gênero Pleurotus possuem um complexo enzimático capaz de degradar compostos recalcitrantes. Este trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade de descoloração dos corantes têxteis Remazol Brilliant Blue R, Violeta de Metila e Congo Red, por Pleurotus ostreatus cultivado em meio líquido. Foram avaliados dois meios de cultivo: L1 (água de imersão de palha de folhas de bananeira e 150µM de CuSO4) e KIRK (KH2PO4 2g/L, MgSO4.7H2O 0,5g/L, CaCl2 0,1g/L, tartarato de amônio dibásico 0,5g/L, extrato de levedura 0,2g/L e glicose 10g/L) adicionados de 50mg/L do corante avaliado. Os cultivos foram realizados durante 13 dias e amostras foram retiradas no 3º, 6º, 9º e 13º dia para quantificar o percentual de descoloração, as atividades de lacase, manganês peroxidase e lignina peroxidase, o consumo de açúcares, a concentração de biomassa e a toxicidade aguda do caldo fermentado sobre Daphnia similis. No meio L1 obteve-se maior crescimento celular, independente do corante utilizado. As atividades de lacase obtidas no meio L1 foram de 491±0 U/L para o Remazol Blue e 154±10 U/L para o Congo Red. No meio KIRK, as máximas atividades de lacase foram de 1,84±0,59 U/L e 3,44±0,28 U/L na presença de Remazol Blue e Congo Red, respectivamente. Não foi detectada atividade de lacase na presença de Violeta de Metila em ambos os meios de cultivo. As enzimas lignina peroxidase e manganês peroxidase não apresentaram atividade, independentemente do meio de cultivo e do corante utilizados. O meio L1 proporcionou maior percentual de descoloração do Remazol Blue (74,35%), seguido do Congo Red (63,04%). Violeta de Metila apresentou 14,0% de descoloração somente no meio L1, mostrando-se o mais tóxico dos corantes antes e após a degradação por P. ostreatus. Congo Red apresentou, após o 13º dia, diminuição da toxicidade em ambos os meios, com valores de LC50 49,6 e 28,6% superiores aos apresentados antes da degradação para os meios L1 e KIRK, respectivamente. Remazol apresentou aumento de 68,2% na LC50 após a degradação por P. ostreatus quando o meio L1 foi utilizado. Já no meio KIRK, o valor de LC50 foi reduzido em 89,8% após a degradação. Palavras-chave: Corante têxtil, Pleurotus, Residuos agroindustriais |