Poster (Painel)
2218-1 | DIAGNÓSTICO DE Batrachochytrium dendrobatidis NA FUNDAÇÃO PARQUE ZOOLÓGICO DE SÃO PAULO | Autores: | Gonzalez, I.H.L. (FPZSP - Fundação Parque Zoológico de São Paulo) ; Lopez, R.P.G. (FPZSP - Fundação Parque Zoológico de São Paulo) ; Cruz, J.B. (FPZSP - Fundação Parque Zoológico de São Paulo) ; Lisboa, C.S. (FPZSP - Fundação Parque Zoológico de São Paulo) ; Ramos, P.L. (FPZSP - Fundação Parque Zoológico de São Paulo) |
Resumo Introdução: Batrachochytrium dendrobatidis é um fungo do filo Chytridiomycota que causa a quitridiomicose em anfíbios. Descrito em 1998, este agente coloniza as células epiteliais, se nutre da queratina e impede a realização das funções vitais, levando o animal a óbito. Devido à essas características o fungo está intimamente relacionado com o declínio das populações e processos de extinções de anfíbios em todos os continentes e, por isso, trata-se de uma doença emergente.
Os sinais clínicos da infecção podem não estar presentes ou são observados somente próximos ao óbito. Por isso, durante a última década, técnicas de Biologia Molecular têm sido aprimoradas para a padronização do diagnóstico, além de utilizar métodos não invasivos.
Material e métodos:
Coleta das amostras: Um swab estéril é friccionado por toda a região ventral do animal e membros inferiores, evitando-se contaminação cruzada, sendo em seguida armazenados em tubos individuais sob refrigeração;
Extração de DNA: Utiliza-se o reagente Prepman&trade Ultra (Applied biosystems);
Reação de PCR: A amplificação do material extraído é realizada em termociclador, por meio de PCR convencional, com os primers Bd1a 5'-CAGTGTGCCATATGTCACG-3' E Bd2a 5'-CATGGTTCATATCTGTCCAG-3' através do seguinte programa:
- desnaturação a 93ºC por 10 minutos;
- 30 ciclos de 45 segundos a 93ºC, 45 segundos a 60ºC e 1 minuto a 72ºC;
- extensão final de 10 minutos a 72ºC.
Um controle positivo é incluído em todas as reações. O amplificado é submetido à reação de eletroforese em gel de agarose 1% junto com um marcador de peso molecular e, para visualização das bandas, o gel de agarose é corado. Bandas com 300 bp serão consideradas positivas.
Cultivo e isolamento: Para os anfíbios que vierem a óbito e forem submetidos à necropsia, fragmentos de pele serão analisados ao microscópio, cultivados em ágar e, se positivos, o PCR é analisado.
Discussão e conclusão:
Até o presente foram obtidas 200 amostras para diagnóstico molecular de quitridiomicose. Essas amostras foram obtidas de animais da população da Fundação Parque Zoológicos de São Paulo (FPZSP) e de projetos de conservação.
Com a padronização do diagnóstico molecular de quitridiomicose é possível avaliar a sanidade dos animais mantidos pela FPZSP, aprimorar o programa de quarentena de anfíbios e dar suporte aos projetos de conservação desses animais através de parcerias, colaborações e até mesmo prestação de serviços.
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