Poster (Painel)
1874-2 | Investigação de colonização por <>Malassezia> sp. em escolares | Autores: | Eleotério, J.F. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Barbosa, T.F. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Andrade, D.A. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Gomes, A.V.B.T. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Sales, I.A.B. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Borelli, N.C. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Paula Junior, D.E. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Amorim, L.L.L. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Reis, M.A. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Pereira, M.L. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Dornelas, M.M. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) ; Lemes, R.M.L. (UNIFAL-MG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS) |
Resumo Micoses superficiais causadas por Malassezia spp. são desencadeadas pela própria microbiota normal que varia de acordo com os hábitos de higiene, teor de gordura na pele e anexos e sudorese do indivíduo. Nosso objetivo foi investigar a colonização por Malassezia spp. em diferentes sítios de escolares. Foram analisadas amostras de unhas (U), pelos (PÊ) e pele (P) de 20 alunos, de ambos os sexos (13 feminino [F] e sete masculino [M]), com idade de 7 a 10 anos. Os métodos empregados foram Exame Micológico Direto (EMD), Método de Porto (MP) e Cultura (C). Este projeto teve a aprovação do CEP (No 185/2011) e as amostras foram obtidas em local reservado na própria escola, após assinatura do TCLE pelos responsáveis dos menores. Para a cultura de fungos de pele, as amostras foram coletadas através de raspado com auxílio de espátula e com tapetinho estéril, e para EMD foram empregadas amostras de raspado e para MP as coletadas com fita adesiva transparente. As unhas foram coletadas de ambos os pés com auxílio de espátula e os pelos da cabeça com pinça. Todas as amostras foram encaminhadas imediatamente ao Laboratório de Microbiologia Clínica para processamento do material, e posterior semeio nos meios de Ágar Sabouraud Dextrose (ASD), Ágar para Dermatófitos (DTM) e Ágar Azeite e Bile de Boi (ABB), e incubadas a 25oC por até 30 dias. As lâminas para EMD foram preparadas com dimetilsulfóxido (DMSO) e lactofenol com azul de algodão e postas para clarificação em câmara úmida por 24H. As culturas de todas (100%) as amostras foram negativas em todos os meios empregados. Já para a pesquisa de Malassezia spp., 13 escolares (65%) foram positivos, sendo a maior taxa em F (8/61.5%). O sítio mais colonizado foi P (11/55%) seguido de PÊ (9/45%), e o menor foi U (3/15%). Apenas um (9.1%) indivíduo foi colonizado nos três sítios (P+PÊ+U), três (27.27%) em P+PÊ e em PÊ; dois (18.18%) em U+PÊ e P. O EMD apresentou maior (54,5%) positividade que o MP (45,5%) e nenhuma amostra foi positiva para os dois métodos. A ausência de crescimento de Malassezia spp. (até em meio de cultura específico [ABB]) evidencia colonização e descarta Pitiríase versicolor nos estudantes analisados. A positividade nos testes de pesquisa revela uma alta taxa de colonização, embora condizente com a literatura (entre 50 a 100% dos indivíduos sadios são portadores destas leveduras lipofílicas). No entanto, esta levedura está associada, alem de Pitiríase versicolor, à foliculite pitirospórica e infecções sistêmicas. Embora sua implicação não esteja claramente definida na dermatite seborreica, dermatite atópica e papilomatose confluente reticulada de Gougerot e Carteaud, há relatos na literatura de que seus quadros clínicos são agravados ou desencadeados por esta levedura. Portanto, faz-se necessária a conscientização dos altamente colonizados em adotar medidas da redução da taxa de colonização por esta levedura. |