Poster (Painel)
1553-1 | Staphylococcus saprophyticus: comparação de identificação pelo sistema Vitek 2 com metodologia tradicional e genotípica e avaliação da produção de biofilme
| Autores: | Martins, K.B. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Oliveira, A. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Ferreira, A.M. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Bronzato, M.A. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Cunha, M.L.R.S. (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") |
Resumo As infecções do trato urinário estão entre as doenças infecciosas mais comuns na prática clínica, no qual Staphylococcus saprophyticus se destaca como um dos agentes etiológicos mais isolados. A identificação rápida e eficiente dessas bactérias é de grande importância para a rotina nos laboratórios de microbiologia clínica. Entretanto, embora os métodos automatizados, como o Vitek 2, sejam mais rápidos, podem não fornecer uma identificação acurada. Dentre os fatores de virulência dos estafilococos, o biofilme se destaca como um dos mais importantes no processo infeccioso. O objetivo do trabalho foi comparar a identificação de S. saprophyticus utilizando o método automatizado Vitek 2 e o bioquímico tradicional simplificado com a identificação genotípica (padrão ouro), além de avaliar a produção de biofilme por S. saprophyticus isolados de pacientes com infecção urinária. Um total de 57 amostras foram identificadas pelo sistema automatizado Vitek 2, pelo método fenotípico tradicional e genotipicamente através da técnica de ITS-PCR (Internal Transcribed Spacer-PCR). As amostras de S. saprophyticus foram avaliadas quanto à produção de biofilme pelo método fenotípico em microplacas de poliestireno (quantitativo). Das 57 amostras estudadas, todas foram confirmadas como S. saprophyticus pelo método genotípico (ITS-PCR), o Vitek 2 identificou corretamente 54 (94,7%) amostras de S. saprophyticus, sendo que das três amostras identificadas incorretamente, duas foram identificadas como S. warneri e uma como S. hominis. Quanto ao método fenotípico tradicional, este identificou corretamente todas as amostras. Desses 57 isolados de S. saprophyticus, 45 (79,0%) produziram biofilme na microplaca, sendo que 32 (56,1%) amostras foram classificadas como forte aderente e 13 (22,9%) classificadas como fraco aderente. Os resultados mostraram que o sistema automatizado Vitek 2 foi eficiente na identificação de S. saprophyticus, entretanto, diferente do método fenotípico tradicional, a concordância não foi de 100% mostrando que o método fenotípico tradicional ainda é o mais eficaz na identificação correta de S. saprophyticus. A maioria das amostras de S. saprophyticus foram produtoras de biofilme que é um fator de virulência ainda pouco descrito na literatura para essa espécie, o que reforça a importância do estudo desse fator de virulência em S. saprophyticus visto que a produção de biofilme favorece a permanência desses micro-organimos no trato urinário e prejudica a atuação dos agentes antimicrobianos empregados, dificultando o tratamento das infecções do trato urinário.
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