Poster (Painel)
1531-2 | COLONIZAÇÃO DE FRUTOS INTACTOS E PERFURADOS DA MACAÚBA [ACROCOMIA ACULEATA (JACQ.) LODD. EX MART.] POR FUNGOS FILAMENTOSOS. | Autores: | Fonseca, F.R. (UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros) ; Mota, G. R. (UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros) ; Pereira, A. C. F. (UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros) ; Valério, H. M. (UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros) ; Faria, M. L. (UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros) |
Resumo Os fungos filamentosos são organismos heterotróficos complexos que apresentam diferentes formas estruturais durante seu de ciclo de vida. Esses fungos são encontrados colonizando tecidos vivos ou mortos de plantas e animais, e diversos solos em decomposição. No entanto, a abundância desses fungos associados aos frutos da A. aculeata ainda é pouco conhecida, por isso, há a necessidade de se ampliar os estudos dessa espécie que é uma palmeira de grande potencial econômico. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a colonização dos fungos filamentosos em frutos intactos e perfurados da A. aculeata. Duzentos frutos íntegros foram coletados no campus da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e encaminhados ao laboratório. Destes, 100 foram selecionados para o tratamento, e tiveram o epicarpo perfurado em três locais com auxílio de um pino de aço e os demais frutos controle, permaneceram com o epicarpo intacto. Estes foram direcionados para o campo, onde cinco indivíduos de A. aculeata foram selecionados para o experimento. Sob os estipes destes, duas gaiolas (0.20x0.60x0.60m) com 20 frutos do tratamento e 20 do controle, foram posicionadas em lados opostos. Após 7, 14, 28 e 35 dias de exposição, cinco frutos eram coletados e aqueles colonizados, tiveram os fungos isolados em Agar Batata Dextrose (ABD) com tetraciclina na concentração 100mg/0,1 L a temperatura de 26°C. Após 15 dias estes fungos foram morfotipados por macroscopia, observando características da colônia, rugosidade e textura, superfície, presença ou ausência de rebordo, zonação e elevação. Foram isolados 74 morfoespécies, 61 do controle e 49 do tratamento, sendo que a morfoespécie 19 foi mais abundante com quatro isolados para o controle e a morfoespécie 1, mais abundante, com seis isolados para o tratamento. Algumas morfoespécies foram exclusivas apresentando maior riqueza no controle com 38 morfoespécies do total de fungos isolados e 26 morfoespécies no tratamento. A maior riqueza de fungos no controle, possivelmente se deve aos fungos que estavam presentes no epicarpo, estarem na forma de esporos e isso pode ter permitido a coexistência de esporos de outras espécies de fungos. No tratamento foi encontrada uma menor riqueza, pois o fruto com o mesocarpo exposto permitiu a colonização de fungos pioneiros e que por meio de competição, podem ter inibido o crescimento de outras morfoespécies limitando assim a diversidade de fungos. Por outro lado, a menor riqueza de fungos no tratamento pode ser devido as perfurações que favoreceu a colonização, uma vez que os fungos, com potencial para metabolizar o mesocarpo do fruto e retirar dele o seu nutriente, encontraram o meio adequado para se desenvolver. Dessa forma, a colonização pelo fungos foi melhor no tratamento, mais abundante, uma vez que os fungos encontraram nutrientes e condicoes propicias para se desenvolver e crescer, impedindo a colonização por outros fungos. |