Anticorpo elimina sintomas do ebola cinco dias após infecção

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Atendimento a caso de ebola em Serra Leoa: doença tem taxas de mortalidade que variam entre 25% e 90%.

Crédito foto: UN Photo/Martine Perret

Terapia poderia ser eficiente mesmo em estágios avançados da doença

O ebola é uma doença altamente letal, com taxas de mortalidade que variam entre 25% e 90%. Ainda não há nenhuma vacina ou tratamento específico contra o vírus causador da infecção e a possibilidade mais promissora neste sentido é o coquetel de anticorpos Zmapp, atualmente em fase de testes entre humanos. Mas um estudo publicado no fim deste mês na revista Science pode trazer mais uma alternativa terapêutica contra a doença.

Cientistas do National Institute of Allergy and Infectious Diseases, nos Estados Unidos, detectaram no sangue de um sobrevivente do surto de Ebola de 1995 anticorpos capazes de neutralizar o vírus, mesmo 11 anos após o surto, indicando que o sistema imune do paciente tinha mantido sua memória do micro-organismo mais de uma década após a infecção. A partir das células obtidas do sangue deste paciente, dois anticorpos monoclonais – mAb100 e mAb114 –  foram selecionados.

Entre os primatas tratados com esta combinação duas vezes a cada 24 horas a partir do dia seguinte à infecção pelo vírus do ebola, não se registrou nenhum sintoma da doença. E nos testes realizados apenas com o mAb114, administrado cinco dias após a infecção, os resultados foram semelhantes, sugerindo que este anticorpo poderia ser uma terapia potente contra o ebola – mesmo em estágios relativamente avançados da doença.

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